sábado, 2 de maio de 2015

Adolescência - SEXO E AMOR

Olá,

 “(...) o sexo é a energia criativa, mas o amor necessita estar junto dele, a funcionar por leme seguro”. — Emmanuel                     “Religião dos Espíritos” — Emmanuel / F. C. Xavier — PÁG. 133

Sexo e amor são temas de que se tem falado, escrito, analisado, enaltecido, discutido e divulgado, em todas as épocas da Humanidade. Apesar de todas as forças da inteligência e do sentimento humano falarem desses dois temas, tomando um pelo outro, a ignorância espiritual e a confusão de interpretação de ambos é muito grande ainda nos tempos modernos.


16.1 — Instinto sexual é energia divina

 O instinto sexual é força criativa da vida, que tem sua origem na energia divina. Essa energia é santa e sagrada em si mesma, pois ela vive perfeitamente dentro dos estatutos das leis divinas e com ela temos: as bênçãos da reencarnação, do corpo físico, da família, do lar, dos reencontros para reconciliação e formação dos laços de simpatia. Se a energia criativa do sexo cessasse de atuar, a vida paralisaria e as humanidades nas escolas planetárias pereceriam.
O mentor espiritual Emmanuel esclarece-nos com profundidade:
“O instinto sexual, exprimindo amor em expansão incessante, nasce nas profundezas da vida, orientando os processos da evolução.” . “Vida e Sexo” — Emmanuel / F. C. Xavier —  LIÇÃO .24
O sexo não é patrimônio exclusivo da Humanidade terrestre, é tesouro divino em todos os mundos, no Universo Infinito, e permanece nas mãos das criaturas humanas, que ainda estão muito distantes da compreensão e vivência das Leis Divinas, num quadro triste de ignorância, perversão e desequilibrio.
O instinto sexual é força poderosa de atração, unindo os corpos físicos, criando as experiências afetivas e fazendo os destinos entre as criaturas, dirigindo-as para as conquistas dos objetivos da Lei Suprema: o Amor, a Felicidade e a Harmonia.
 Mesmo com a pobreza de valores íntimos, a Humanidade caminha, embora muito lentamente, dentro da Lei Divina, que nos orienta e aperfeiçoa com paciência infinita.

 16.2— Diferença entre sexo e amor

Não podemos confundir sexo e amor, pois, enquanto o sexo é força instintiva e inconsciente, o amor é energia consciente e espontânea. Misturamos muito estes dois valores em nossas experiências afetivas, porque é a energia instintiva sexual, a qual temos sempre definido como sendo “o amor”, que tem promovido a maior parte das uniões de homens e mulheres na Terra, em virtude de seu poderoso magnetismo de atração.
Para a quase totalidade da Humanidade, acredita-se que o sexo é o próprio amor, porque não conhecemos e nem experimentamos ainda outro grau superior de afeição.
O amor real está surgindo muito lentamente na terra árida dos corações  humanos, pois ele é uma conquista da personalidade que deverá fazer uma revolução em seu mundo interior. Envolvemos a energia sexual com os nossos valores do coração, pois é o coração que dita as normas de nossa vida, de nossos hábitos, de nossas tendências, de nossas afeições e de nosso caráter.
E como o nosso coração ainda está empobrecido de virtudes e rico de imperfeições e sentimentos inferiores, é muito natural e lógico que a nossa vida sexual, dirigida por ele, vá, por enquanto, sendo muito infeliz.
 O sábio Espírito Emmanuel esclarece-nos sobre o poder do coração na conjugação das forças do Espírito:
 “(...) no coração mora o centro da vida. Dele partem as correntes imperceptíveis do desejo que se consubstanciam em pensamento no dínamo cerebral, para depois se materializarem nas palavras, nas resoluções, no atos e nas obras de cada dia”.  “Roteiro” — Emmanuel / F. C. Xavier —  LIÇÃO 10

 O instinto sexual atrai as criaturas, faz a fusão do magnetismo entre o homem e a mulher, mas o relacionamento das pessoas corre por conta do sentimento de cada um e não simplesmente pela energia sexual, pois esta é energia neutra.
É neste momento que surgem as dificuldades de entendimento e união, pois a normalidade do desempenho sexual, entre os cônjuges, por si só, não solucionará os problemas de relacionamento. Explica-nos muito bem André Luiz, como é ainda o amor na Terra:
 “Nosso amor é, por enquanto, uma aspiração de eternidade encravada no egoísmo e na ilusão, na fome de prazer e na egolatria sistemática, que fantasiamos como sendo a celeste virtude.”  “Ação e Reação” — André Luiz / F.C. Xavier — CAP.14

 16.3 — Sentimento de posse no namoro

 No relacionamento dos sexos, principalmente na época do namoro e do noivado, expressamos esses sentimentos: gostamos muito um do outro, com forte atração mútua, sentimos terrivelmente a ausência do outro, encontramos alegrias infinitas ao lado do ser amado, desejamos ardentemente viver juntos pelo resto da vida, queremos a vida do outro para completar a nossa vida, sonhamos juntos os melhores planos para o futuro, procuramos fazer o melhor de gentileza e carinho para agradar; tudo isso e mais outras aspirações humanas podem ter muito de desejo e de posse, mas ainda não é o amor, pois ele não se resume nesses anseios.
O impulso do desejo e o sentimento de posse são as raízes do amor egoístico e da paixão. Enquanto nossos corações forem dominados pelo egoísmo e pelo orgulho, nossos melhores sonhos e nossas mais fortes afeições ainda terão muito de amor egoístico e de paixão.
A pessoa dominada pela paixão tortura intensamente a si mesma, na busca desesperada de conquistar e ser amada por alguém a quem muito deseja.
A paixão é a loucura do coração. A atividade sexual pode estar muito bem, ao passo que o amor se encontra em imensas dificuldades para surgir, mesmo em migalhas para alimentar as almas, na vida conjugal.
Não notamos que, em vez de amar o outro, estamos, na verdade, é amando a nós mesmos, adorando-nos como nós somos, encontrando no outro somente a nossa satisfação.
É o que André Luiz afirma:
 “De conformidade com a Psicanálise, que vê na atividade sexual a procura incessante de prazer, concordamos em que uns, na própria sublimação, demandam o prazer da Criação, identificando-se com a Origem Divina do Universo, enquanto que outros se fixam no encalço do prazer desenfreado e egoístico da auto-adoração. Os primeiros aprendem a amar com Deus. Os segundos aspiram a ser amados a qualquer preço.”
“Evolução em Dois Mundos” – André Luiz / F. C. Xavier / Waldo Vieira –  CAP. 18

Walter Barcelos                                                       "Sexo e Evolução "

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