sexta-feira, 26 de junho de 2015

Evangelho - COM DISCERNIMENTO

Olá,

 Não somente os espinhos, mas as rosas também.
Não apenas os pedregulhos, igualmente a es­trada.
Não exclusivamente as sombras, porém a cla­ridade do dia.
Não só a enfermidade, também a saúde.
Não unicamente os desencantos, senão as espe­ranças e as alegrias.


 O espinho que fere defende a rosa, e esta ignora que se evolando no leve ar da manhã aromatiza em derredor.
Os pedregulhos dilaceram os pés, entretanto, são parte da segurança na estrada, que oferece possibilidades de avanço na direção dos objetivos.
As sombras amedrontam, todavia, facultam, também, os recursos para o repouso, de modo a oferecerem forças para as atividades da luz.
A enfermidade que macera ajuda a valorizar a saúde e desperta o homem para a própria fragili­dade orgânica, trabalhando pelo seu labor imorta­lista.
Os desencantos doem, enquanto convocam a mente e o sentimento para as esperanças e as alegrias da vida espiritual.
 Todos os que deambulam no carro fisiológico, enganados momentaneamente pelas limitações da caminhada humana, gostariam de estar guindados aos tronos da vaidade, sob as luzes abundantes quão transitórias dos refletores da glória, que provocam inveja e trabalham pela loucura.
Afadigados sob o peso das ambições, aparecem de sorrisos largos os cultores da alegria efêmera e coração estilhaçado pela ansiedade.
Profissionais do bom humor experimentam o travo insolvente do cansaço que não podem revelar, obrigados pela compulsória da bajulação popular a desvios da realidade até às alucinações odientas. São afáveis por compromisso dos interesses imediatos, trabalhando para a insânia das vacuidades impreenchíveis, que o despertar próximo ou remoto transformará em travas de desesperação. Invejados são também invejosas, sempre em guarda contra os outros que, segundo eles, são constante ameaça ao trono onde brilham e se des­gastam.
Cercados por amores compulsórios, que os utilizam para suas próprias ambições, frustram-se, e experimentam soledade interior, malgrado as multidões que os ovacionam.
 A rebeldia contra o sofrimento é minoridade espiritual.
O desespero face às lutas caracteriza as dispo­sições inferiores do ser.
A ansiedade descabida pelo triunfo na Terra significa desequilíbrio da razão.
A acrimônia contumaz responde pelo prima­rismo de quem a cultiva.
 As paixões de qualquer natureza vinculam o espírito às formas primeiras, impedindo-o de plainar acima das vicissitudes.
Considera que exame é teste de avaliação das conquistas. Prova constitui técnica de valorização dos bens adquiridos nos empreendimentos do caminho humano. Sofrimento, portanto, deste ou daquele matiz, também significa desgaste para mudança de tom vibratório, no ritmo da evolução.
Ninguém confia responsabilidades maiores àqueles que não se permitiram promover antes as inquirições selecionadoras dos tipos e das realiza­ções conseguidas.
 Não te facultes espezinhar, quando convidado aos testemunhos da vida, essas abençoadas oportu­nidades de superação de ti mesmo.
O labor de qualquer natureza afere as resistências de quem se propõe a maiores realizações.
Em toda parte defrontarás a dor trabalhando silenciosamente os espíritos, mesmo quando rebelados, a fim de os alçar à felicidade que aspiram e não sabem como por ela esforçar-se.
Desse modo, ludibriado ou aparentemente ven­cido, perdendo o que se convencionou chamar “a oportunidade de gozar”, evita o desânimo e desatre­la-te do carro da amargura.
Fortemente vinculado ao espírito da vida, que avança sem cessar e adorna tudo; inspirado pelo ideal do amor, que representa a Paternidade Divina no teu coração; e orando pelo pensamento e atra­vés dos atos, poderás alcançar a fortuna da paz interior e acumular os tesouros da alegria plena, que bastarão para a concretização da felicidade do teu espírito.
 Nos espinhos está a segurança das rosas.
 Nos pedregulhos o reforço da estrada.
Nas sombras a oportunidade da meditação.
Na enfermidade o convite à prece.
 Nos desencantos a superação da forma física.
Reflete, assim, para discernimento na jornada do Rabi, em que não faltaram espinhos de ingratidão, pedregulhos de maldade, sombras de perse­guição, enfermidades da inveja e desencantos da de­serção dos companheiros mais queridos, enquanto Ele prosseguiu sem desfalecimentos até o fim, de modo a legar-nos a lição da resistência contra o mal, em qualquer lugar e em qualquer circunstância.

 “Sabeis, na verdade, discernir o aspecto do céu, e não podeis discernir os sinais dos tempos?” Mateus: capítulo 16º, versículo 3,

 “A natureza do instrumento não está a indi­car a que utilização deve prestar-se? A enxada que o jardineiro entrega a seu aju­dante não mostra a este último que lhe cumpre cavar a Terra? Que diríeis, se esse ajudante, em vez de trabalhar, erguesse a enxada para ferir o seu patrão? Diríeis que é horrível e que ele merece ser expulso”.  O E.S.E.  Capítulo 7º — Item 13.

 Joanna de Ângellis/Divaldo P.Franco                                   " Florações Evangélicas "

 Deixe seu comentário.

Nenhum comentário:

Postar um comentário