Olá,
Acreditamos sinceramente no poder da corrigenda, todavia, supomos
que o reajuste somente se consolida quando estruturado no verdadeiro amor
fraterno, que procura o bem acima de todas as circunstâncias da vida.
Se a desculpa amiga consegue levar a efeito a regeneração do homem
ou do ambiente, devemos usá-la quantas vezes se fizer necessária; mas, e se
depois de inúmeros gestos de tolerância, o mal o perdura, ameaçando a
estabilidade da harmonia comum?
E se o erro sistemático, transformado em
maldade cresce incessantemente, encarnecendo das nossas melhores
demonstrações de confiança e carinho?
Supomos que em casos semelhantes à revisão da higiene dentro de casa
é sempre a medida conveniente.
Ninguém recorreria à indiscriminada difusão de focos infecciosos, com
graves prejuízos para os vizinhos, a pretexto de exaltar a limpeza.
O fogo do altar doméstico ou o cesto de esquecimento são
instrumentalidade de circunscrição da imundície.
Finda a simples operação de asseio isolado, a atmosfera se refaz
induzindo-nos à tranquilidade e à alegria.
Admitimos, assim, que, no domicílio de nosso ideal ou de nossa fé, a
recuperação do equilíbrio não deve eleger outras normas.
Que tenhamos bastante coragem e suficiente valor para regenerar as
situações, mas que exemplifiquemos também a caridade heróica de não
propagar o mal, abstendo-nos de conferir-lhe injustificável destaque em nossas
atitudes e manifestações.
O pântano socorrido pode converter-se em celeiro de pão, no entanto,
canalizado na direção da comunidade, é veículo de agentes enfermiços.
Corrijamos, corrigindo-nos.
Eduquemos, educando-nos.
E a luta ensinar-nos-á a compreender os divinos ensinamentos do
Mestre Crucificado que, no silêncio do amor e da justiça, nos conduz à própria
regeneração através da paciência e do serviço, da fraternidade e do perdão.
Emmanuel/ Francisco C. Xavier "Tocando o Barco"
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