sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Cotidiano - NÃO TANTO QUANTO

Olá,

 Desperdício de força!
 Clamamos contra obras suntuárias e gritamos por retificação aos excessos em que tantas vezes arrasamos valiosos recursos da vida... No entanto, muito raramente, refletimos no dispêndio inútil de energias com expectações e aflições desnecessárias.
À frente de tudo o que se refira ao mal, apliquemos a filosofia do "não tanto quanto".
 Doenças — Fujamos de exagerar sintomas, flagiciando o corpo com pensamentos desvairados que funcionam sobre as células à maneira de raios destrutivos. A moléstia exigirá cuidados, quase sempre, não tanto quanto fantasiamos.
 Boatos — Abstenhamo-nos de atribuir demasiada importância às notícias alarmantes. É possível que essa ou aquela informação desagradável tenha certo fundo de verdade, contudo, não tanto quanto presumimos.
 Desgostos — Retiremo-nos de inquietações pueris, ao redor de provações e dificuldades, nos círculos sociais ou domésticos. Os sucessos menos felizes merecem considerações, todavia, não tanto quanto prevemos.
 Problemas — Olvidemos o costume de amofinar-nos por obstáculos do caminho. Os impedimentos eventuais requisitam apreço comumente não tanto quanto imaginamos.
 Ofensas — Esqueçamos rixas e desentendimentos sofridos, desistindo de carregar fardos magnéticos de angústia. Mágoas solicitam cautela para que não se repitam, porém, não tanto quanto pressupomos.
 Sombras e queixas, incompreensões e pesares! Não nos desgastemos debalde, emprestando-lhes grandeza que não possuem.
 Pensemos neles, de algum modo, a fim de removê-los da estrada, mas não tanto quanto.

André Luiz/Waldo Vieira                                     " Sol nas Almas "

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