Olá,
Não matarás – determina a Lei.
Não basta, porém, te prives de furtar o corpo aos semelhantes.
Aprendamos a cultivar a vida, engrandecendo-a, aqui e além, hoje e
sempre.
Não mates o tempo com o veneno da inutilidade, porque pela sombra das
horas que aniquilas em vão, serás visitado pelas trevas tentadoras da maldade e do
crime, compelindo-te talvez, a investir muitos séculos do futuro em pesados
compromissos.
Não aniquiles a confiança do próximo com a lâmina da aspereza ou da
ingratidão, de vez que pela dor do vizinho que menosprezas, podes ser
constrangido a
inquietantes padecimentos de reajuste.
Não apagues o entusiasmo de teu irmão nas boas obras, nas quais nos
sentimos atraídos pelo ideal superior, porquanto, o fel de teu pessimismo pode induzi-lo
ao desânimo, estabelecendo aflitivos débitos em teu próprio desfavor.
Não extingas a fé que brilha no coração dos companheiros, manejando a
lança do desapontamento ou da incompreensão, porque o frio em que envolves a tarefa
dos outros, será, mais tarde, neve de angústia e desencanto ao redor de teus passos.
Não extermine a luz, a alegria, a paz, a esperança, o trabalho ou o
otimismo dos que marcham contigo, lado a lado, na mesma senda de luta, na convicção
de que a morte por tuas mãos será sempre morte a ti mesmo.
Entronizemos a vida em nossa alma e adubemo-la com a nossa boa
vontade na extensão do progresso e do serviço, da harmonia e do amor, e, ainda mesmo
a pretexto de legítima defesa, abstenha-se do mal, recordando, com o Divino Mestre que
a cruz do supremo sacrifício será sempre brilhante ressurreição.
Na tarefa de esposo, desculpa a fraqueza ou a exasperação da
companheira, nos dias cinzentos da incompreensão; e, no ministério da esposa
aprende a perdoar as faltas do companheiro e a esquecê-las, a fim de que ele se
fortaleça no crescimento do bem.
Emmanue/Francisco C. Xavier " Alvorada do Reino "
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