Olá,
Perdoar aos inimigos é pedir perdão para si próprio;
perdoar aos
amigos é dar-lhes uma prova de amizade;
perdoar as ofensas é mostrar-se
melhor do que era.
Perdoai, pois, meus amigos, a fim de que Deus vos
perdoe, porquanto, se fordes duros, exigentes, inflexíveis, se usardes de
rigor até por uma ofensa leve, como querereis que Deus esqueça de que
cada dia maior necessidade tendes de indulgência?
Há, porém, duas maneiras bem diferentes de perdoar: há o perdão
dos lábios e o perdão do coração.
Muitas pessoas dizem, com referência
ao seu adversário: “Eu lhe perdoo”, mas, interiormente, alegram-se com
o mal que lhe advém, comentando que ele tem o que merece.
Quantos
não dizem: “Perdoo” e acrescentam: “mas não me reconciliarei nunca; não
quero tornar a vê-lo em toda a minha vida.”
Será esse o perdão, segundo o
Evangelho?
Não; o perdão verdadeiro, o perdão cristão é aquele que lança
um véu sobre o passado; esse o único que vos será levado em conta, visto
que Deus não se satisfaz com as aparências.
Ele sonda o recesso do coração
e os mais secretos pensamentos.
Ninguém se lhe impõe por meio de vãs
palavras e de simulacros.
O esquecimento completo e absoluto das ofensas
é peculiar às grandes almas; o rancor é sempre sinal de baixeza e de inferioridade.
Não olvideis que o verdadeiro perdão se reconhece muito mais
pelos atos do que pelas palavras.
– Paulo, apóstolo. (Lyon,1861.) O Evangelho Segundo Espiritismo
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