Olá,
Mateus cap. 9
27 E passando Jesus daquele lugar, o seguiram dois cegos, gritando e
dizendo: Tem misericórdia de nós, filho de David.
28 E chegando à casa vieram a ele os cegos. E Jesus lhes disse: Credes
que vos posso fazer isso a vós outros? Disseram eles: Sim, Senhor.
29 Então lhes tocou os olhos, dizendo: Faça-se-vos segundo a vossa fé.
30 E foram abertos os seus olhos; e Jesus os ameaçou, dizendo: Vede lá
que o tudo saiba
alguém.
31 Mas eles, saindo dali, divulgaram por toda aquela terra o seu nome.
Para curar os dois cegos, Jesus procura despertar-lhes a fé, tanto que lhes
diz que o pedido deles seria atendido segundo a fé que possuíssem.
Mas qual é a fé que deveriam possuir?
Deveriam possuir a fé em Deus,
nosso Pai, que é o único que pode permitir que os desejos de seus filhos sejam
satisfeitos.
Por isso é que Jesus proíbe os cegos de que digam de quem
receberam a cura.
É como se lhes dissesse: “Não digam que fui eu quem lhes
deu a vista, porque foi de Deus que a receberam.
Admiramos aqui a humildade de Jesus, fazendo com que suas obras
glorifiquem a Deus, nosso Pai.
32 E logo que saíram, lhe apresentaram um homem mudo, possuído do
demônio.
33 E depois que foi expelido o demônio, falou o mudo e se admiraram as
gentes, dizendo: “Nunca tal se viu em Israel.»
Deparamos aqui com um caso de obsessão. O mudo era um obsidiado. A
obsessão é o ato pelo qual um espírito persegue uma pessoa.
Um espírito
obsessor é um espírito malévolo. Os espíritos bons não obsidiam ninguém.
O
espírito obsessor atua sobre o organismo todo ou sobre determinados órgãos
da pessoa, prejudicando-a.
Aqui vemos o espírito obsessor maltratar os órgãos
vocais, tornando mudo o homem.
As obsessões podem ser causadas por deficiências morais, por vingança
de inimigos desencarnados, por mediunidade não desenvolvida e por
mediunidade mal empregada.
Sempre que se manifestar um caso de
obsessão, o obsidiado deverá ser levado a um Centro Espírita, a fim de se
proceder ao tratamento espiritual. É imprescindível que se trate imediatamente
de uma pessoa que apresente sinais de obsessão para evitar-se que seu
organismo fique imprestável pela ação dos fluidos venenosos que o obsessor
injeta no corpo de sua vítima.
Demorando-se muito tempo para procurar a cura,
é fácil acontecer que a pessoa obsidiada tenha seu organismo abalado para
sempre, embora o espírito obsessor se retire.
Neste caso, elimina-se a causa,
mas não se remedeiam os efeitos.
Jesus cura o homem, afastando dele o espírito obsessor. Iguais resultados
se obtêm hoje nos Centros Espíritas, onde por meio de uma bem orientada
doutrinação, consegue-se que os espíritos obsessores abandonem suas
vítimas. E estas dc novo passam a gozar de excelente saúde, uma vez que os
maléficos fluidos ainda não lhes arruinaram os corpos.
34 Porém os fariseus diziam: “Ele em virtude do príncipe dos demônios
lança fora os demônios.”
Percebendo que os ensinamentos de Jesus contrariavam seus interesses
terrenos, o clero não o aceitou como um Enviado Divino.
O povo era ignorante
e fácil foi aos sacerdotes persuadi-lo a que perdesse Jesus. Sob qualquer
forma que o bem se apresente na face da terra, é sempre de origem divina.
E
como a missão de Jesus era espalhar o bem, logicamente tinha autoridade
celeste.
Porém, os fariseus pervertem o bem aos olhos do povo, fazendo-o
acreditar no absurdo de que o poder de Jesus se originava do mal.
As idéias novas encontram sempre opositores, quer se manifestem no
terreno religioso, quer no científico e até no material.
Os sacerdotes mais inteligentes logo viram que Jesus vinha inaugurar uma
nova era de paz para os que o compreendiam; e de ranger de dentes para os
recalcitrantes.
Receosos de perderem a influência material de que
desfrutavam, tudo fizeram para não deixar Jesus trabalhar.
Hoje se passa o mesmo com o Espiritismo. Os maiores disparates foram
inventados contra essa Doutrina progressista no intuito de abafá-la. Mas
também o Espiritismo trabalha em nome de Deus e por isso distribui o bem a
todos os que o procuram.
O Evangelho dos Humildes Eliseu Rigonatti.
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