" O verdadeiro homem de bem é aquele que pratica a lei de justiça, de amor e caridade, na sua maior pureza. Se interroga a sua consciência sobre os próprios atos, pergunta se não violou essa lei, se não cometeu o mal, se fez todo o bem que podia, se não deixou escapar voluntariamente uma ocasião de ser útil, se ninguém tem do que se queixar dele, enfim, se fez aos outros aquilo que queria que os outros fizessem por ele." O E.S.E. Cap. XVII – Item 3
Nas faixas mínimas da sua experiência cotidiana surge o roteiro humano que você
representa para os outros.
Os traços do semblante pintam-lhe o clima interior.
Os seus objetos de uso pessoal compõem o edifício da sua simplicidade.
A ordem dos seus afazeres indica-lhe o grau de disciplina.
O cumprimento das suas obrigações denuncia-lhe o valor da palavra empenhada.
O teor da amizade dos seus vizinhos, para com a sua pessoa, qualifica a sua
capacidade de se fazer entendido.
O diapasão da sua palestra dá o tom da sua altura íntima.
A segurança da sua opinião traduz a firmeza dos seus ideais.
Os tecidos que lhe envolvem o corpo configuram-lhe o senso de naturalidade.
As iguarias da sua mesa revelam-lhe o papel do estômago no mundo moral.
A natureza do cuidado com o seu físico fala francamente de suas possíveis relações
com a vaidade.
O seu presente diz, para todos, o que você foi no passado e o que você será no
porvir, com reduzidas possibilidades de erro.
A uniformidade entre o movimento das suas ideias, dos seus conceitos e das suas
ações disseca, à vista de todos, a fibra da sua vontade.
Todas as criaturas que lhe partilham a existência leem incessantemente os
letreiros vivos que lhe estabelecem a verdadeira identidade nos panoramas da Vida,
respondendo-lhe as mensagens inarticuladas com aversão ou simpatia, contentamento ou
desagrado, conforme a sua plantação de bem ou mal.
André Luiz/Francisco C. Xavier " O Espírito de Verade "
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