Olá,
A plantação aproveita-se da chuva e do sol,que a castigam para produzir a riqueza do
pão.
O manancial vale-se da areia e da pedra, que lhe ferem a corrente, a fim de purificar as
próprias águas.
O tronco embrutecido, submete-se à inclemência da lâmina para transferir-se do mato
selvagem ao conforto doméstico.
A Natureza é pródiga de lições vivas ao nosso anseio de aprimoramento.
É imprescindível saibamos aproveitar os obstáculos por ensinamentos seguros e
positivos.
A grande ciência começou no duro trabalho de alfabetização.
A música divina, nasceu do solfejo monótono e desagradável.
Cristo não nos induziu a servir aos nossos adversários simplesmente porque nos deseje
soerguer, de imediato, à galera dos heróis e dos santos, e nem nos recomendou a júbilo
na dor porque pretendesse transportar-nos, de inopino, a paraísos ainda inabordáveis ao
nosso entendimento.
É que, nos atritos da senda, procede, para nós, o tesouro da experiência, quando não nos
encarceramos na teia infernal da indisciplina e do ódio, do desânimo ou da desesperação.
O inimigo gratuito é, sempre, um excelente instrutor e, qualquer espécie de sofrimento,
pode ser degrau de acesso a novos horizontes do espírito.
Decerto, o Senhor, em nos exortando, - sede perfeitos!, não esperava a improvisação de
asas angélicas em nossos ombros, assim como o cultivador da terra não conta com frutos
na sementeira de um dia...
O Mestre aguarda a nossa perseverança na boa vontade para com todos, até o fim de
nossa luta, de vez que a boa vontade, significando serviço incessante ao próximo, é o
nosso primeiro passo para a aquisição do amor sem mácula e da verdadeira sabedoria.
Amemos e trabalhemos sempre, sem indagar; aprendamos com o mundo e com a vida,
sem revolta e sem mágoas; recapitulemos nossas lições no dever bem cumprido, quantas
vezes se fizerem necessárias, e, assim agindo, estejamos certos de que o Divino
Orientador virá ao encontro de nossas dificuldades humanas, arrebatando-nos ao
conhecimento dos Planos Superiores, onde nos colocaremos em marcha sublime, para a
glória imortal.
Emmanuel/Francisco C. Xavier " Intervalos "
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