Olá,
. . . Depois, erguendo os olhos ao céu, Jesus disse:
Efatá – que quer dizer: Abre-te.
(Marcos, 7:34.)
A palavra do Cristo, ao surdo e gago, intimava-lhe as faculdades do espírito a se abrirem
para a vida.
Quantos de nós precisamos hoje consagrar atenção ao divino apelo?
Quantos problemas
nos cruciam a alma, por trancá-la às sendas libertadoras que a experiência oferece?
Encerrados, quase sempre, no poço do eu, nada mais lobrigamos que a sombra das
ilusões a que nos afazemos, esbanjando tempo e força em lamentáveis reclamações.
O Senhor nos solicita a descerrar passagens no mundo íntimo, a fim de que os dons
inefáveis da Espiritualidade Superior nos enriqueçam de alegria e de luz.
Necessário verificar se carregamos sentimentos e raciocínios, olhos e ouvidos, lábios e
mãos fechados ao entendimento e ao serviço.
Indispensável abrir o coração à bondade, o cérebro à compreensão, a existência ao
trabalho, o passo ao bem, o verbo à fraternidade. . .
Não só isso.
Imperioso abrir igualmente o livro edificante ao estudo, a bolsa à beneficência, a
capacidade à cooperação e o caminho à hospitalidade.
O Sol, para sustentar o mundo, pede horizontes abertos.
Diante do enfermo de espírito, encarcerado em si próprio, disse Jesus: "Abre-te."
Saibamos acolher a advertência sublime e, perante a luz do Infinito Amor de Deus,
rompamos a clausura do eu e
ouçamo-la também.
Emmanuel/Francisco C. Xavier " Benção de Paz "
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