Nunca
estimular o mal onde o mal apareça, mas reconhecer que não adianta condenar-lhe
as vítimas a pretexto de corrigi-las.
Enumeremos
algumas razões em apoio da afirmativa:
Somos
espíritos eternos atuando na sustentação do Universo e respondendo
invariavelmente pelos próprios atos, em função do próprio aperfeiçoamento;
A
condenação não trará o mínimo proveito à pessoa em desequilíbrio cujos
conflitos e necessidades da vida íntima claramente desconhecemos;
Se
um companheiro surge vinculado à delinquência, a pancada verbal logrará
unicamente aprofundar-lhe as chagas mentais da culpa;
Desejam-se
auxiliar alguém confessadamente em erro, apontar esse alguém ao escárnio ou à censura
dos outros, será tão-somente agravar-lhe as dificuldades e humilhações;
Maldizer
é afastar e destruir, ao invés de unir e melhorar, acabando semelhante atitude
por transformar-se no método infeliz de gerar obstáculos e deteriorar relações.
Com
estes enunciados, não aspiramos a dizer que se deve aprovar tudo ou tudo
aceitar, quando observamos o engano tentando sobrepor-se à realidade.
Importante, porém, considerar que, entre nós, os espíritos em evolução na
coletividade terrestre, não encontramos ainda aqueles que se fizeram absolutos
no bem, tanto quanto não surpreendemos aqueles outros que hajam descido ao
absoluto no mal.
Não
existem criaturas nas quais não consigamos identificar o lado nobre, o ângulo
mais claro, o tópico da esperança ou a boa parte.
Em
todas as formações do mal, valorizemos os germes do bem e prestigiemos os
restos do bem onde estiverem, abençoando sempre todas as criaturas, a fim de
que possamos ganhar a paz na guerra dos problemas de cada dia, de vez que
condenar será sempre o melhor processo de perder.
Emmanuel
Do livro Instrumentos do Tempo. Psicografia de
Francisco Candido Xavier.
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