Olá,
Os
aflitos classificam-se em variadas expressões.
Temos
aqueles que choram por se sentirem inibidos para a extensão do mal...
Há
quem se torture por não conseguir vingar-se.
Existem
os que se declaram infelizes com a prosperidade do próximo e se enfurecem com a
impossibilidade de lhes ultrapassar o progresso econômico ou espiritual
Aparecem
aqueles que se afirmam desditosos por não poderem competir com o luxo de quem
se confia à extravagância e à loucura.
Surgem
muitos em lágrimas de inveja e despeito, à frente dos vizinhos, interessados na
educação e na melhoria da vida.
Há
quem se revolte contra as bênçãos do trabalho e vocifera em desfavor da ordem
que lhe assegura as vantagens da disciplina.
Muitos
exibem chagas de inconformação, ante o sofrimento que eles próprios
improvisaram.
Há
infinitos gêneros de aflição no vasto caminho da vida.
E, por isso, nem todos os aflitos podem
ser aquinhoados com a glória da bem-aventurança.
A
palavra do Cristo se dirige àqueles que fizeram da dor um instrumento para a
elevação de si mesmos, assim como o artista se vale da pedra, a fim de burilar
a obra prima de estatuária.
Acautela-te, se conservas alguma
aflição particular.
A
angústia, muitas vezes, pode ser antecâmara do desequilíbrio.
Converte o teu problema ou a tua mágoa em
motivo de superação das próprias fraquezas, à maneira do lidador que aproveita
o obstáculo para atingir os seus mais altos objetivos, e então terás convertido as inquietações do
mundo em bem-aventuranças para a felicidade sem fim.
Emmanuel
Instrumentos do Tempo. Psicografia de
Francisco Cândido Xavier.
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