quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

EVANGELHO - ESMOLAS, ORAÇÃO, JEJUM III

 Olá,

Mateus cap. 6

34 Eu porém vos digo: Que absolutamente não jureis nem pelo céu, porque é o trono de Deus. 35 Nem pela terra, porque é o assento de seus pés; nem por Jerusalém, porque é a cidade do grande rei. 36 Nem furarás pela tua cabeça, pois não podes fazer que um cabelo teu seja branco ou negro. 37 Mas seja o vosso falar: Sim, sim; não, não; porque tudo o que daqui  passa procede do mal.



Tomadas no sentido moral, estas palavras de Jesus nos ensinam a humildade perante Deus e a resignação plena à sua vontade. Os juramentos que fazemos, traduzem, ordinariamente, presunção, vaidade e orgulho, porque não sabemos se os poderemos cumprir. Se nas mínimas coisas temos de nos sujeitar à vontade divina, quanto mais nas grandes?
 Procuremos unicamente ser sinceros em nossas afirmativas, certos de que se dá empenharmos com sinceridade e satisfação os nossos deveres a Providência Divina se encarregará do resto. No tocante à parte religiosa, maior deverá ser a nossa sinceridade.
 Ou somos, ou não o somos. Se nós nos intitulamos espíritas, estudiosos do Evangelho, nossos pensamentos, nossas palavras e nossos atos, enfim, nosso comportamento deverá confirmar perante o mundo os mandamentos da religião que professamos.

38 Vós tendes ouvido o que se disse: Olho por olho e dente por dente. Refere-se à lei de Moisés. 
 No tempo em que Moisés legislou, teve de o fazer para povos rudes, primitivos e quase ferozes, os quais não tinham compreensão alguma da espiritualidade. Foi obrigado a recomendar-lhes que retribuíssem a violência pela violência, para que fossem contidos pelo medo de receberem o mesmo que fizessem aos outros.

 39 Eu porém vos digo, que não resistais ao que vos fizer mal; mas se alguém te ferir na tua face direita, ofereça-lhe a outra 40 E ao que demandar-te em juízo e tirar-te a tua túnica, larga-lhe também a capa. 41 E se qualquer te obrigar a ir carregado mil passos, vai com ele mais outros dois mil.
 Jesus aqui nos ensina que a lei divina proíbe rigorosamente a vingança. Estando já os povos mais adiantados em compreensão espiritual, Jesus lhes demonstra com seus ensinamentos que o castigo deve sempre vir do Alto, o qual sabe melhor como obrigar ao que errou a corrigir o erro cometido contra o próximo.
Ao Senhor pertence punir os seus filhos rebeldes; pois, não afirmou Jesus que serão saciados os que clamam por justiça? Então por que cada um querer procurar fazer justiça por suas próprias mãos?
A vingança tem enchido prisões, arruinado lares e perdido existências preciosas. Nos tribunais se arrastam longos processos e demandas, litígios e querelas que, consumindo as posses de seus autores, os empobrecem e originam ódios seculares.

Eis porque Jesus, que veio combater todas as causas das infelicidades materiais e espirituais da humanidade, recomenda-nos que procuremos harmonizar as situações sem recorrermos a vingança, mesmo que tenhamos de arcar com prejuízos materiais ou morais. Aconselhando-nos a que andemos dois mil passos com quem nos obrigar a andar mil, Jesus nos aconselha a obediência para com nossos superiores. Nos lugares subalternos nos quais a vida nos colocar, aprendamos a obedecer sem murmurar.

A obediência é uma grande virtude. Se não soubermos obedecer aos homens, como poderemos obedecer a Deus e cumprir-lhe as ordens, vivendo conforme sua vontade? Lembremo-nos que a Justiça Incorruptível de Deus, em tempo oportuno. ferirá quem nos feriu, restituir-nos-á o que nos tiraram e considerará nossa obediência.

O Evangelho dos Humildes         Eliseu Rigonatti

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