Olá,
Mateus cap. 6
34 Eu porém vos digo: Que absolutamente não jureis nem pelo céu, porque é
o trono de Deus. 35 Nem pela terra, porque é o assento de seus pés; nem
por Jerusalém, porque é a cidade do grande rei. 36 Nem furarás pela tua
cabeça, pois não podes fazer que um cabelo teu seja branco ou negro. 37
Mas seja o vosso falar: Sim, sim; não, não; porque tudo o que daqui
passa procede do mal.
Tomadas no sentido moral, estas palavras de Jesus
nos ensinam a humildade perante Deus e a resignação plena à sua vontade.
Os juramentos que fazemos, traduzem, ordinariamente, presunção, vaidade e
orgulho, porque não sabemos se os poderemos cumprir. Se nas mínimas
coisas temos de nos sujeitar à vontade divina, quanto mais nas grandes?
Procuremos unicamente ser sinceros em nossas afirmativas, certos de que
se dá empenharmos com sinceridade e satisfação os nossos deveres a
Providência Divina se encarregará do resto. No tocante à parte
religiosa, maior deverá ser a nossa sinceridade.
Ou somos, ou não o
somos. Se nós nos intitulamos espíritas, estudiosos do Evangelho, nossos
pensamentos, nossas palavras e nossos atos, enfim, nosso comportamento
deverá confirmar perante o mundo os mandamentos da religião que
professamos.
38 Vós tendes ouvido o que se disse: Olho por olho e dente
por dente. Refere-se à lei de Moisés.
No tempo em que Moisés legislou,
teve de o fazer para povos rudes, primitivos e quase ferozes, os quais
não tinham compreensão alguma da espiritualidade. Foi obrigado a
recomendar-lhes que retribuíssem a violência pela violência, para que
fossem contidos pelo medo de receberem o mesmo que fizessem aos outros.
39 Eu porém vos digo, que não resistais ao que vos fizer mal; mas se
alguém te ferir na tua face direita, ofereça-lhe a outra 40 E ao que
demandar-te em juízo e tirar-te a tua túnica, larga-lhe também a capa.
41 E se qualquer te obrigar a ir carregado mil passos, vai com ele mais
outros dois mil.
Jesus aqui nos ensina que a lei divina proíbe
rigorosamente a vingança. Estando já os povos mais adiantados em
compreensão espiritual, Jesus lhes demonstra com seus ensinamentos que o
castigo deve sempre vir do Alto, o qual sabe melhor como obrigar ao que
errou a corrigir o erro cometido contra o próximo.
Ao Senhor pertence
punir os seus filhos rebeldes; pois, não afirmou Jesus que serão
saciados os que clamam por justiça? Então por que cada um querer
procurar fazer justiça por suas próprias mãos?
A vingança tem enchido
prisões, arruinado lares e perdido existências preciosas. Nos tribunais
se arrastam longos processos e demandas, litígios e querelas que,
consumindo as posses de seus autores, os empobrecem e originam ódios
seculares.
Eis porque Jesus, que veio combater todas as causas das
infelicidades materiais e espirituais da humanidade, recomenda-nos que
procuremos harmonizar as situações sem recorrermos a vingança, mesmo que
tenhamos de arcar com prejuízos materiais ou morais. Aconselhando-nos a
que andemos dois mil passos com quem nos obrigar a andar mil, Jesus nos
aconselha a obediência para com nossos superiores. Nos lugares
subalternos nos quais a vida nos colocar, aprendamos a obedecer sem
murmurar.
A obediência é uma grande virtude. Se não soubermos obedecer aos homens, como poderemos obedecer a Deus e cumprir-lhe as
ordens, vivendo conforme sua vontade? Lembremo-nos que a Justiça
Incorruptível de Deus, em tempo oportuno. ferirá quem nos feriu,
restituir-nos-á o que nos tiraram e considerará nossa obediência.
O Evangelho dos Humildes Eliseu Rigonatti
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