Olá,
MATEUS CAP 8
1 E depois que Jesus desceu do monte foi muita a gente do povo que o
seguiu.
2 E eis que vindo um leproso o adorava, dizendo: Se tu queres, Senhor,
bem me podes limpar.
3 E Jesus, estendendo a mão, tocou-o, dizendo: Pois eu quero. Fica
limpo. E logo ficou limpa toda a sua lepra.
4 Então lhe disse Jesus: Vê, não o digas a alguém; mas vai, mostra-te ao
sacerdote e faze a oferta que ordenou Moises, para lhes servir de
testemunho a eles.
Fascinada pela amorosa mensagem de Jesus, muita gente
o seguia. Todavia, cumpre dividir em duas classes os que seguem Jesus:
a
uma classe pertencem os que o seguem com os lábios, sem jamais o sentirem
no coração; estes falam, mas não praticam.
A outra classe é constituída pelos
que seguem Jesus, esforçando-se o mais possível para viverem segundo os
ensinamentos dele.
Dada a extraordinária elevação moral de Jesus e ao seu perfeito
conhecimento das leis divinas, fácil lhe era movimentar poderosos recursos
fluídicos, com os quais efetuava as curas.
É de se notar, contudo, que o
paciente devia estar em posição de receber a cura que implorava. Uma das
condições que melhor predispunha o doente a merecer a cura que tanto
ambicionava, era alimentar uma fé viva, que pudesse atrair o fluxo magnético
que Jesus irradiava.
Aqui vemos o leproso criar a condição favorável, pois diz ao Mestre:
— “Se
tu queres, bem me podes curar.
É como se ele afirmasse a Jesus: “A minha fé em tua ação é muito grande;
o resto depende de tua vontade, Senhor.”
E Jesus, notando que o leproso estava suficientemente preparado pela fé,
respondeu-lhe:
“Quero.”
Isto é: “Agora que estás regenerado, eu posso curar-te.”
A lepra pertence à categoria das moléstias expiatórias. É um dos mais
dolorosos, porém, dos mais enérgicos remédios para livrar a alma de pesados
débitos contraídos em existências passadas.
No tribunal da justiça divina, o
castigo é sempre proporcional à falta cometida. Por isso, os que são tocados
por tão terrível enfermidade, é porque têm grandes contas a liquidar.
Em
primeiro lugar deverão dar graças ao Pai pela sublime oportunidade de resgate,
que sua misericórdia lhes proporciona; depois, encherem-se de fé, paciência,
coragem e resignação.
Quando a vontade de Deus os chamar novamente para
o mundo espiritual, deixarão na terra o miserável corpo que lhes servia de
cárcere e de tormentos; e seus espíritos, purificados das manchas dos crimes
das encarnações anteriores, resplandecerão luminosos e felizes.
Jesus, ao curar o leproso, não contrariou as leis divinas.
As leis de Deus
são imutáveis.
Aconteceu que o leproso, pela sua resignação à Vontade Divina,
tinha expiado suficientemente seus erros, purificando-se espiritualmente. E
Jesus, vendo a fé de que o leproso estava possuído, fez com que a cura de
seu espírito se refletisse em seu corpo físico.
Neste trecho aprendemos também que as expiações, isto é, os castigos
não são eternos.
Não há castigos eternos. O fim de uma expiação depende
unicamente da força de vontade de cada um. Conformar-se com a situação em
que se acha, é o primeiro passo para a cura do espírito, cura essa que, no momento
oportuno, se refletirá infalívelmente no corpo físico.
O Leproso soube sofrer resignadamente e, como recompensa e exemplo,
mereceu a cura que Deus lhe enviou por meio de Jesus.
O EVANGELHO DOS HUMILDES ELISEU RIGONATTI.
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