domingo, 5 de maio de 2013

EVANGELHO - O LEPROSO PURIFICADO

 Olá,

MATEUS  CAP 8
 1 E depois que Jesus desceu do monte foi muita a gente do povo que o seguiu. 2 E eis que vindo um leproso o adorava, dizendo: Se tu queres, Senhor, bem me podes limpar. 3 E Jesus, estendendo a mão, tocou-o, dizendo: Pois eu quero. Fica limpo. E logo ficou limpa toda a sua lepra. 4 Então lhe disse Jesus: Vê, não o digas a alguém; mas vai, mostra-te ao sacerdote e faze a oferta que ordenou Moises, para lhes servir de testemunho a eles.


 Fascinada pela amorosa mensagem de Jesus, muita gente o seguia. Todavia, cumpre dividir em duas classes os que seguem Jesus:
a uma classe pertencem os que o seguem com os lábios, sem jamais o sentirem no coração; estes falam, mas não praticam.
A outra classe é constituída pelos que seguem Jesus, esforçando-se o mais possível para viverem segundo os ensinamentos dele.
Dada a extraordinária elevação moral de Jesus e ao seu perfeito conhecimento das leis divinas, fácil lhe era movimentar poderosos recursos fluídicos, com os quais efetuava as curas.
 É de se notar, contudo, que o paciente devia estar em posição de receber a cura que implorava. Uma das condições que melhor predispunha o doente a merecer a cura que tanto ambicionava, era alimentar uma fé viva, que pudesse atrair o fluxo magnético que Jesus irradiava.
 Aqui vemos o leproso criar a condição favorável, pois diz ao Mestre:
— “Se tu queres, bem me podes curar. É como se ele afirmasse a Jesus: “A minha fé em tua ação é muito grande; o resto depende de tua vontade, Senhor.”
E Jesus, notando que o leproso estava suficientemente preparado pela fé, respondeu-lhe: “Quero.”
 Isto é: “Agora que estás regenerado, eu posso curar-te.”
A lepra pertence à categoria das moléstias expiatórias. É um dos mais dolorosos, porém, dos mais enérgicos remédios para livrar a alma de pesados débitos contraídos em existências passadas.
 No tribunal da justiça divina, o castigo é sempre proporcional à falta cometida. Por isso, os que são tocados por tão terrível enfermidade, é porque têm grandes contas a liquidar.
 Em primeiro lugar deverão dar graças ao Pai pela sublime oportunidade de resgate, que sua misericórdia lhes proporciona; depois, encherem-se de fé, paciência,  coragem e resignação.
Quando a vontade de Deus os chamar novamente para o mundo espiritual, deixarão na terra o miserável corpo que lhes servia de cárcere e de tormentos; e seus espíritos, purificados das manchas dos crimes das encarnações anteriores, resplandecerão luminosos e felizes.
Jesus, ao curar o leproso, não contrariou as leis divinas.
As leis de Deus são imutáveis.
 Aconteceu que o leproso, pela sua resignação à Vontade Divina, tinha expiado suficientemente seus erros, purificando-se espiritualmente. E Jesus, vendo a fé de que o leproso estava possuído, fez com que a cura de seu espírito se refletisse em seu corpo físico.
 Neste trecho aprendemos também que as expiações, isto é, os castigos não são eternos.
 Não há castigos eternos. O fim de uma expiação depende unicamente da força de vontade de cada um. Conformar-se com a situação em que se acha, é o primeiro passo para a cura do espírito, cura essa que, no momento oportuno, se refletirá infalívelmente no corpo físico.
 O Leproso soube sofrer resignadamente e, como recompensa e exemplo, mereceu a cura que Deus lhe enviou por meio de Jesus.

O EVANGELHO DOS HUMILDES                                  ELISEU RIGONATTI.

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