Olá,
Enquanto o aprendiz da sabedoria avança para diante, traçando
senda iluminadas de acesso ao Infinito, o estudante vadio coagula as sombras,
ao redor do degrau em que a vida o situa, demorando-se na estagnação da
ignorância.
Recebe o corpo, por abençoado instrumento de elevação.
Através dele, se queres, é possível amealhar os valores da
espiritualidade vitoriosa, alcançar a paz íntima, recolher as bênçãos do Céu e
refletir a Divina Vontade, enriquecendo-te,
cada vez mais, pela extensão
crescente de tuas faculdades, no engrandecimento da vida.
Busquemos mais luz.
Quando o Mestre nos recomendou nos fizéssemos crianças,
perante a Lei, não se propunha reter-nos na ingenuidade ou na incultura.
Buscava criar em nós o estado imprescindível de receptividade, à frente da
vida, para reajustarmos os fios do próprio destino sobre as bases divinas da
verdadeira sublimação.
Homem algum possui consigo recurso bastante para redimir o
mundo, mas todos nós guardamos conosco possibilidades suficientes para a
regeneração de nós mesmos.
Não te esqueças da hora que passa, convocando-te às
construções do Espírito.
Nosso único patrimônio real é aquele que se constitui
de nossas obras.
E tudo aquilo que nos rodeia na encarnação terrestre, seja
riqueza ou indigência, dor ou felicidade, plenitude ou escassez, no círculo das
circunstâncias a que o renascimento nos arroja, não passa de material
didático, objetivando a nossa educação ou aprimoramento moral para a vida
eterna.
Não te descures do tempo a força aparentemente inerte,
susceptível de oferecer-nos os meios necessários para a ação edificante.
Com os dias, algo produzimos.
Enquanto o lavrador diligente prepara colheitas de prosperidade e
alegria, aquele que cruza os braços, à frente do arado, forma cristalizações de
indiferença que induzem à escassez.
EMMANUEL
Do livro Instrumentos do Tempo. Psicografia de Francisco Cândido
Xavier.
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