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11.3 — Ausência dos valores do sentimento
No amor livre, sendo a satisfação do instinto sexual o objetivo único, procura-se fazer sempre do parceiro ou parceira mero instrumento do prazer sensual. Na busca incessante das sensações inferiores, as criaturas desinteressam-se pelos valores do sentimento, os quais são os únicos que poderão formar uma união ideal, que trará a paz, a alegria e a segurança relativas para a dupla de corações.
A prática do amor livre pode atender à volúpia dos desejos e
sensações inferiores da criatura, mas não fará bem para a alma de ninguém, pois todo coração somente alimentará alegria, através da afeição que garanta a estabilidade emocional e psíquica.
11.4 — Responsabilidade afetiva e Justiça Divina
Quer nas relações afetivas da vida conjugal legalizada, quer na ligação amorosa, destituída de vínculos jurídicos, a responsabilidade ante a Justiça Divina é a mesma, de um para com o outro. O que as leis humanas não analisam, não exigem e não punem, a Justiça Divina, ao contrário, analisa, pesa, exige e pune com segurança e sem falhas. Há um código de Leis Divinas regendo profundamente a vida moral das criaturas humanas, desde os míni-mos atos, dando a cada um de acordo com suas obras praticadas por pensamentos, sentimentos, palavras e atos.
Com a prática das relações sexuais sem os valores afetivos enobrecidos, as criaturas valorizam e buscam somente o corpo físico do outro, desprezando-lhe a alma e desconhecendo as leis morais que regem este relacionamento. A criatura humana não é somente corpo físico, pois é muito mais alma, sentimento, coração e consciência. É esses sagrados valores internos da pessoa que dizemos amar, nos comumente os tratamos muito mal, danificando o altar interior do parceiro sem saber que estamos realmente ferindo é a nós mesmos, através da consciência culpada. O mentor espiritual de Chico Xavier com muita sabedoria nos faz entender:
“Cada Espírito detém consigo o seu íntimo santuário, erguido ao amor, e Espírito algum menoscabará o ‘lugar sagrado’ de outro Espírito, sem lesara si mesmo.”
“Vida e Sexo” — Emmanuel / F. C. Xavier - LIÇÃO.19)
11.5 — No relacionamento sexual, tratamos a pessoa amada como se fosse um objeto
A pregação sistemática do materialismo para a liberação sexual, sem compromissos e responsabilidades, está estimulando as criaturas a se tratarem mutuamente como se fossem “coisas” ou seja, a vida afetiva e sexual entre o homem e a mulher nada tem a ver com a vida pessoal de ambos. Isto é um grande engano. Nenhuma criatura é um objeto, um boneco ou um autômato.
Vida sexual implica participação afetiva profunda das criaturas, decretando variações múltiplas e imprevisíveis na vida sentimental, emocional e psicológica, para níveis mais elevados ou menos elevados moralmente. Crescem assustadoramente os desastres morais na vida afetiva entre o homem e a mulher, seja na união conjugal ou fora dela; em virtude do despreparo espiritual surgem os sintomas enfermiços: desentendimentos, discussões, inimizades, perseguições, crueldade, infidelidade, separação, abandono, assassínios e suicídios.
No relacionamento afetivo entre o homem e a mulher, ambos são responsáveis pelos danos que venham a causar à vida íntima do outro, os quais serão cobrados, ceitil por ceitil, pela Justiça Divina. Quanto ao respeito à consciência de cada um, Emmanuel disserta:
“Conferir pretensa legitimidade às relações sexuais irresponsáveis seria tratar ‘consciências’, qual se fossem ‘coisas’, e, se as próprias coisas, na condição de objetos, reclamam respeito, que se dirá do acatamento devido à consciência de cada um?”
“Vida e Sexo” — Emmanuel / F. C. Xavier - LIÇÃO.19
Walter Barcelos Sexo e Evolução
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