Olá,
Mateus Cap. 13
24 Outra parábola lhes propôs, dizendo:
O reino dos céus é semelhante a um homem que semeou boa semente no seu campo;
25 E enquanto dormiam os homens, veio o seu inimigo e semeou depois cizânia no meio do trigo e foi-se.
26 E tendo crescido a erva e dado fruto, apareceu também então a cizânia.
27 E chegando os servos do pai de família, lhe disseram:
Senhor, porventura não semeaste tu a boa semente no teu campo? Pois donde lhe veio a cizânia?
28 E ele lhes disse: O homem inimigo é que fez isto. E os servos lhe tornaram: Queres tu que nós vamos e a arranquemos?
29 E respondeu-lhes: Não, para que talvez não suceda que, arrancando a cizânia, arranqueis juntamente com ela também o trigo.
30 Deixai crescer uma e outra coisa até à ceifa e no tempo da ceifa direi aos segadores:
Colhei primeiramente a cizânia e atai-a em molhos para a queimar, mas o trigo recolhei-o no meu celeiro.
Esta parábola nos explica porque na terra o mal existe ao lado do bem.
Depois de sua formação, a terra se tornou apta a receber os espíritos, que aqui viriam desenvolver-se. Esses espíritos se encarnaram simples e ignorantes e deveriam iniciar seu longo aprendizado, que os transformaria em espíritos perfeitos. Como porém cada um possui o seu livre-arbítrio, uns se dedicaram ao bem e outros, ao mal. E a terra passou a ser qual seara onde, ao lado da planta generosa e útil, crescesse também a planta venenosa. E hoje, contemplando o mal que campeia pela face da terra, muitos corações bem formados se admiram que o Senhor não o elimine do globo. Entretanto esse dia chegará.
Depois de o Evangelho ser pregado a todos os povos da terra, de modo que ninguém possa alegar ignorância das leis divinas, o Senhor procederá à ceifa, isto é, os maus serão compelidos a desencarnarem e a se retirarem para mundos inferiores, mais de conformidade com o caráter de cada um; então a terra será um imenso celeiro de almas regeneradas.
Particularizando esta parábola e aplicando-a aos adeptos do Espiritismo, notamos que muitas pessoas frequentadoras de Centros Espíritas, apresentam pequenos defeitos que estão em desacordo com as lições que recebem. É como se fosse a cizânia que no mesmo coração crescesse ao lado do bom trigo. Todavia, nessas pessoas o bem que possuem já supera o mal que ainda não conseguiram extirpar de seu íntimo. Por isso os mentores espirituais as toleram condescendentemente, porque sabem que esses defeitos desaparecerão no momento oportuno.
Ao passo que se fossem agir energicamente contra essas pessoas, provavelmente elas sofreriam na parte boa que trazem consigo; correriam o risco de se afastarem e assim perderem a oportunidade de regeneração completa, a qual seria relegada para um futuro, por vezes remoto.
Eliseu Rigonatti O Evangelho dos Humildes
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