sábado, 29 de novembro de 2014
Adolescência - Sexualidade na Adolescência III
Olá,
12.6 — A liberdade sem disciplina e o desamparo espiritual dos jovens
A juventude com bela e bem cuidada organização física, mas infelizmente vivenciando a delinquência, a libertinagem e a viciação, revela as profundas necessidades da alma e o estado de imenso desamparo espiritual.
Na atualidade, a fase da adolescência caracteriza-se por uma maior liberdade que o progresso da civilização proporcionou com as mudanças rápidas dos costumes, as facilidades dos meios de comunicação de massa universalizando novos hábitos, a complexidade social com os conglomerados humanos, a imprensa materialista, a pregação sistemática de liberdade por parte de escritores e filósofos, o conforto excessivo das horas livres sem ocupação edificante, o requinte nas diversões
e no lazer.
O mundo das novidades, hoje, cativa muito mais os jovens do que a vida afetiva dos pais, no calor humano do reduto doméstico. O mundo mental do jovem não está aprisionado às fronteiras do recinto familiar, como se encontrava na fase infantil. A fase da adolescência é muito mais perigosa do que a infantil. O jovem é como um filhote de pássaro que abandona o seu ninho, ensaiando os primeiros vôos, e passa a enfrentar maiores perigos, em virtude dos vôos baixos da fraqueza, da incompetência e inexperiência. A criança pode ser vigiada, corrigida e limitada nas suas liberdades, o que não é possível junto aos adolescentes, principalmente agora, no mundo das facilidades atuais.
12.7— Necessidade de orientação espiritual aos jovens.
O diálogo evangelizado entre pais e filhos
A fase da adolescência precisa assim, não mais de sentinelas vigiando e amparando seus passos, mas, sim, de muito apoio e orientação dos pais, no sentido de esclarecimento espiritual e diálogo evangelizado.
O que acontece, normalmente, é o abandono dos pais, no campo da orientação, julgando que os filhos com essa idade já possuem condições para enfrentar e superar, por si mesmos, todas as circunstâncias da vida, dispensando até mesmo o simples diálogo. Com o desabrochar gradativo dos instintos e paixões, a nascer dos profundos arquivos da subconsciência, surgem as primeiras experiências
afetivas e sexuais, desponta o namoro com variações amorosas, as ofertas perigosas da imprensa pornográfica deformando por completo as funções sagradas do sexo, ensejando o surgimento dos vícios das drogas, da libertinagem e do amor-livre, colocando a juventude à beira de abismos morais, muito difíceis de serem vencidos sem o apoio do Espírito envelhecido na experiência.
Adverte-nos o Espírito Humberto de Campos:
Crianças sem disciplina e jovens sem orientação sadia constituem o gérmen dos imensos desastres humanos.” ”Reportagens de Além-Túmulo” — Humberto de Campos / F. C. Xavier - LIÇÃO.06
A orientação para os moços não deve circunscrever-se tão-somente aos conhecimentos científicos da fisiologia, mecanismos e prática do sexo, das explicações psicológicas sobre as dificuldades e problemas dos jovens, dos esclarecimentos médicos sobre as doenças venéreas e os meios de higiene e defesa das enfermidades provenientes da prática sexual. Tudo isto é muito importante mas não é o bastante, pois está atendendo mais ao corpo físico e à filosofia do prazer sensual.
Há necessidade, também, e principalmente, das noções religiosas nascidas no trabalho educativo dos pais, no reduto doméstico, a fim de atender, não somente à curiosidade do cérebro mas, muito especialmente, ao sentimento da juventude, em virtude do desamparo moral e espiritual em que ela se encontra, no mundo atual.
12.8 — Educação sexual dos jovens pelas regras morais do Evangelho
É necessário amparar o espírito do jovem, iluminando-o com as normas libertadoras do Evangelho de Jesus:
“Daí procede a necessidade de regras morais para quem, de fato, se interesse pelas aquisições eternas nos domínios do Espírito. Renúncia, abnegação, continência sexual e disciplina emotiva não representam meros preceitos de feição religiosa. São providências de teor científico, para enriquecimento efetivo da personalidade.”
“Missionários da Luz” — André Luiz / F. C. Xavier — CAP.02
O mundo tem zombado e desdenhado das máximas morais de Jesus-Cristo, mas infelizmente os desastres nas relações afetiva e sexual são imensos em todos os países: os desentendimentos entre os cônjuges, as separações de casais, a crueldade doméstica, os homicídios passionais, os suicídios por desgosto amoroso e as obsessões mais variadas são experimentadas em todas as famílias da Terra, seja por parte dos adultos ou dos jovens.
Sem as regras morais que iluminam, socorrem, fortalecem e educam a alma, toda orientação especializada para a juventude será deficiente, não alcançando as metas reais da educação da personalidade. Sem a reeducação sentimental, alicerçada nas regras libertadoras do Evangelho, a mocidade continuará desorientada, infeliz e vítima das influências perniciosas do mundo. Jesus também ofereceu a todos nós uma prática de esporte, ainda quase desconhecida na Terra:
“O homem vive esquecido de que Jesus ensinou a virtude como esporte da alma.”
“Missionários da Luz” — André Luiz / F. C. Xavier — CAP.02
A prática dos esportes é a virtude dos exercícios para o corpo saudável, enquanto que a vivência das virtudes é a ginástica do bem aos outros, que garante a saúde da alma. Parafraseando o insígne Codificador Allan Kardec, podemos dizer:
Reconhece-se o verdadeiro jovem espírita pela sua transformação moral, sob as luzes do Evangelho de Jesus, e pelos esforços que emprega, diariamente, para educar suas emoções e desejos, na direção do amor espiritualizado.
Walter Barcelos " Sexo e Evolução"
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