Olá,
Incontáveis companheiros espíritas, na atualidade, revivem o espírito de serviço cristão que neles se agiganta, conclamando-os ao intérmino labor de preparação da Era nova.
Multiplicam-se eles em formosa sementeira e já se podem observar os resultados positivos da sua atividade proveitosa, a benefício de toda a Seara do Amor.
Entre eles corporificam-se a abnegação e a renúncia, emuldurando-lhes os esforços lavrados à base da vivência evangélica na integral harmonia dos seus postulados.
Escrevem e pautam a conduta na elevada correção de modos.
Falam e aplicam na vida diária os ensinamentos divulgados.
Oram e agem no campo da fraternidade transformando palavras em socorro eficiente, que espalham, generosos, em nome do Senhor.
Proclamam a excelência do amor e desdobram esforços na compreensão dos espíritos sofredores que buscam amparar no carinho dos sentimentos.
Preconizam o perdão e esquecem as ofensas, disseminando a alegria, mesmo quando o pessimismo insiste em dominar, pernicioso.
Convém, no entanto, refletirmos com atenção surgem e desaparecem com celeridade, na esfera do serviço ativo, trabalhadores diversos que se dizem fascinados por Jesus ou se apresentam tocados pela excelência da Doutrina Espírita que dizem e aparentam desposar.
Todavia, somente alguns perseveram fiéis ao programa encetado, por longo tempo.
Enquanto brilham facilidades e o alarde dos aplausos estruge, ei-los a postos. Entrementes, logo são chamados ao testemunho do silêncio, no anonimato ou na ação aparentemente insignificante, debandam rancorosos, com queixas, estremunhados...
São os que promovem o Espiritismo, Promovendo-se também.
Paulo, de tal forma se esqueceu de si mesmo, no serviço de Jesus, que exclamou: “Estou crucificado com Cristo; logo já não sou eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim”.
Francisco de Assis, servindo ao Senhor com elevada abnegação, olvidou, inclusive, a própria saúde, para doar-se totalmente à lição da renúncia e da humildade por amor a Ele.
Vicente de Paula, tocado pela necessidade do próximo, alcançou os extremos da auto-doação, trocando a sua pela vida de um galé, a fim de libertá-lo das cadeias que considerava injustas.
Joanna dArc, convencida do amparo que as suas vozes lhe ofereciam, deixou-se queimar, superando o instinto de conservação da vida física, fiel à Imortalidade.
Allan Kardec, conquanto advertido reiteradas vezes pelo espírito generoso do dr. Demeure, seu médico, então desencarnado, quanto à saúde, dela descurava para trabalhar, rompendo-se-lhe o aneurisma, em plena ação iluminativa de consciências.
E João Batista, o Precursor, enunciava em júbilo: “Necessário é que Ele cresça e eu diminua”, promovendo-o e apagando-se.
Cuida de promover a Causa e olvida as transitórias casas a que te vinculas; propagando o Espiritismo em toda a sua pureza, fiel aos postulados Kardequianos, ilumina-te na Sua claridade, deixando a tua pessoa em plano secundário; ampliando o campo para sementação da Verdade não te iludas...
A promoção da Doutrina que te honra não deve constituir-te motivo de destaque personalista, porque o verdadeiro trabalhador ama na semente a planta futura, e na terra reverdescida encontra a resposta da vida ao esforço desenvolvido.
Servindo desinteressadamente não te alcançarão as agressões dos maus — que são transitórios no caminho; e a perseverança da tua atividade, quando outros a deixaram, responderá pela nobreza dos teus propósitos e do teu valor aplicados à fidelidade do ideal que te abrasa.
Porque Jesus distendesse o pensamento divino sobre a Terra conturbada, quando pretendiam afetar a Mensagem de que se fizeram Mensageiro Celeste, invectivava, enérgico e pulcro, no entanto, quando se levantavam contra Ele, deixava-se conduzir, confiando no Pai, a ensinar que a Palavra de Vida Eterna é pão insubstituível para a manutenção do espírito, enquanto que aquele que dela se faz portador, entregue à Verdade, não se deve preocupar consigo, por estar nas mãos de Deus que tudo supervisiona e dirige com sabedoria.
“É necessário que Ele cresça, e que eu diminua”.
João: capítulo 3º, versículo 30.
“Não ouso falar do que fiz, porque também os Espíritos têm o pudor de suas obras”.
SÃO VICENTE DE PAULA.
Capítulo 13º — Item 12, parágrafo 6.
Joanna de Ângellis/Divaldo P. Franco " Florações Evangélicas "
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