domingo, 11 de janeiro de 2015

Evangelho - PROMOÇÃO

Olá,

 Incontáveis companheiros espíritas, na atuali­dade, revivem o espírito de serviço cristão que neles se agiganta, conclamando-os ao intérmino labor de preparação da Era nova.
Multiplicam-se eles em formosa sementeira e já se podem observar os resultados positivos da sua atividade proveitosa, a benefício de toda a Seara do Amor.
Entre eles corporificam-se a abnegação e a re­núncia, emuldurando-lhes os esforços lavrados à base da vivência evangélica na integral harmonia dos seus postulados. Escrevem e pautam a conduta na elevada cor­reção de modos.

Falam e aplicam na vida diária os ensinamen­tos divulgados. Oram e agem no campo da fraternidade trans­formando palavras em socorro eficiente, que espa­lham, generosos, em nome do Senhor. Proclamam a excelência do amor e desdobram esforços na compreensão dos espíritos sofredores que buscam amparar no carinho dos sentimentos.
 Preconizam o perdão e esquecem as ofensas, disseminando a alegria, mesmo quando o pessimismo insiste em dominar, pernicioso.
Convém, no entanto, refletirmos com atenção surgem e desaparecem com celeridade, na esfera do serviço ativo, trabalhadores diversos que se dizem fascinados por Jesus ou se apresentam to­cados pela excelência da Doutrina Espírita que dizem e aparentam desposar.
Todavia, somente alguns perseveram fiéis ao programa encetado, por longo tempo. Enquanto brilham facilidades e o alarde dos aplausos estruge, ei-los a postos. Entrementes, logo são chamados ao testemunho do silêncio, no ano­nimato ou na ação aparentemente insignificante, debandam rancorosos, com queixas, estremunha­dos...
São os que promovem o Espiritismo, Promo­vendo-se também.
 Paulo, de tal forma se esqueceu de si mesmo, no serviço de Jesus, que exclamou: “Estou crucifi­cado com Cristo; logo já não sou eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim”.
 Francisco de Assis, servindo ao Senhor com elevada abnegação, olvidou, inclusive, a própria saú­de, para doar-se totalmente à lição da renúncia e da humildade por amor a Ele.
Vicente de Paula, tocado pela necessidade do próximo, alcançou os extremos da auto-doação, tro­cando a sua pela vida de um galé, a fim de libertá-lo das cadeias que considerava injustas.
 Joanna dArc, convencida do amparo que as suas vozes lhe ofereciam, deixou-se queimar, supe­rando o instinto de conservação da vida física, fiel à Imortalidade.
Allan Kardec, conquanto advertido reiteradas vezes pelo espírito generoso do dr. Demeure, seu médico, então desencarnado, quanto à saúde, dela descurava para trabalhar, rompendo-se-lhe o aneu­risma, em plena ação iluminativa de consciências.
E João Batista, o Precursor, enunciava em júbilo: “Necessário é que Ele cresça e eu diminua”, promovendo-o e apagando-se.
 Cuida de promover a Causa e olvida as tran­sitórias casas a que te vinculas; propagando o Espiritismo em toda a sua pureza, fiel aos postu­lados Kardequianos, ilumina-te na Sua claridade, deixando a tua pessoa em plano secundário; ampliando o campo para sementação da Verdade não te ilu­das...
A promoção da Doutrina que te honra não deve constituir-te motivo de destaque personalista, porque o verdadeiro trabalhador ama na semente a planta futura, e na terra reverdescida encontra a resposta da vida ao esforço desenvolvido.
Servindo desinteressadamente não te alcançarão as agressões dos maus — que são transitórios no caminho; e a perseverança da tua atividade, quando outros a deixaram, responderá pela nobreza dos teus propósitos e do teu valor aplicados à fide­lidade do ideal que te abrasa. Porque Jesus distendesse o pensamento divino sobre a Terra conturbada, quando pretendiam afe­tar a Mensagem de que se fizeram Mensageiro Celes­te, invectivava, enérgico e pulcro, no entanto, quan­do se levantavam contra Ele, deixava-se conduzir, confiando no Pai, a ensinar que a Palavra de Vida Eterna é pão insubstituível para a manutenção do espírito, enquanto que aquele que dela se faz porta­dor, entregue à Verdade, não se deve preocupar consigo, por estar nas mãos de Deus que tudo supervisiona e dirige com sabedoria.
 “É necessário que Ele cresça, e que eu diminua”. João: capítulo 3º, versículo 30.
 “Não ouso falar do que fiz, porque também os Espíritos têm o pudor de suas obras”.
 SÃO VICENTE DE PAULA. Capítulo 13º — Item 12, parágrafo 6.

 Joanna de Ângellis/Divaldo P. Franco                   " Florações Evangélicas "

 Deixe seu comentário.

Nenhum comentário:

Postar um comentário