domingo, 8 de fevereiro de 2015

Evangelho - A Escolha é Livre

Olá,

 Buscai e achareis.

 Na Terra ou no Espaço, na posição de encarnados ou desencarnados, encontraremos, sempre, aquilo que buscarmos durante as experiências evolutivas.

Agindo por nós mesmos, ou atendendo a sugestões de Espíritos menos esclarecidos, colheremos, hoje ou amanhã, o fruto de nossas próprias obras. A nossa vida, de acordo com a simbologia lembrada pelos Espíritos Superiores, pode ser comparada a uma balança comum. E o livre arbítrio representará, sempre, o fiel dessa balança.
 Numa das conchas. acumular-se-ão as nossas criações inferiores, acrescidas das sugestões menos dignas de nossos adversários desencarnados. Na outra, as nossas criações mais elevadas unir-se-ão aos pensamentos inspirados pelos benfeitores, anjos de guarda ou Espíritos familiares.
Colocadas, assim, em pé de igualdade, as duas conchas, o livre arbítrio, isto é, a vontade consciente fará que uma delas predomine sobre a outra, criando-nos, tal escolha, consequências ruinosas ou benéficas, segundo o caminho escolhido. É livre a escolha.
Os amigos da Espiritualidade, mesmo os mais abnegados, não equacionam, inteiramente, os nossos problemas. Inspiram-nos, em nossas silenciosas indagações, deixando, todavia, que a deliberação final nos pertença, com o que valorizam esse inapreciável tesouro que se chama Livre Arbítrio.
Sem a liberdade, embora relativa, do Livre Arbítrio, o progresso espiritual não seria consciente, mas se efetivaria, simplesmente, pela força das coisas.
Na Escola da Vida, os Instrutores Espirituais procedem com os homens à maneira dos professores com as crianças: dão informes sobre as lições, explicam-nas, referem-se a fontes de consulta, indicam livros e autores. Mas deixam que os alunos, durante o ano letivo, se preparem no sentido de que, nos exames finais, obtenham, pelo esforço próprio, boa vontade e aplicação, notas que assegurem promoção à série seguinte.
O aluno irresponsável achará, no fim do ano, o que buscou — a reprovação, a vergonha. O aluno aplicado, que se consagrou ao estudo, achará, igualmente, o que buscou — as alegrias da aprovação. Tudo de acordo com a lição do Mestre. “Buscai e achareis.”
Em nossa jornada evolutiva — nascendo, vivendo, morrendo, renascendo ainda e progredindo continuamente —, somos alunos cujo livre arbítrio escolhera, na maioria das vezes, o caminho das facilidades. Os Instrutores Espirituais têm sido, para todos nós, devotados mestres, que nos observam a incúria e a desídia, porém aguardam, pacientes e compreensivos, que as lições do tempo e da dor nos induzam ao reajustamento.
Jamais se apoquentam, quando verificam que pendemos para a concha das sugestões utilitaristas, pois sabem que, buscando a Ilusão, encontraremos, mais adiante, as folhas perdidas das desilusões. Não ignoram que, batendo à porta dos enganos, elas se alargarão diante de nós, a fim de que, partilhando o banquete das futilidades, sejamos compelidos, mais tarde, a buscar, nos padrões do Evangelho, o roteiro para experiências mais elevadas.
Num planeta como a Terra, bem inferiorizado, falanges numerosas de entidades desencarnadas inspiram-nos com tal frequência que a sua intensidade — a intensidade de sua influenciação — não pode ser medida. No Evangelho e no Espiritismo, estão os recursos imprescindíveis à nossa segurança. A prática do bem, a confiança em Deus, o esclarecimento pelo estudo, o trabalho constante no Bem, tudo isto, com o amparo da prece, preservar-nos-á do assédio de entidades que, em nome de velhos propósitos de vingança, ou por simples perversidade, procuram dificultar a nossa ascensão.
Batendo à porta dos que sofrem, para levar-lhes a mensagem consoladora do Evangelho e o socorro de nossas mãos, encontraremos, um dia, a resposta do Céu aos nossos anseios de libertação.
Sendo livres para a escolha, acharemos, sem dúvida, o que buscarmos.

 Martins Peralva                                            " Estudando o Evangelho "

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