Olá,
Nos primeiros tempos do Cristianismo e, ainda hoje, o perdão, significando
magnanimidade do credor, quase sempre foi, e continua sendo, considerado
unicamente por virtude.
Com o tempo, no entanto, a civilização, embora criando nova terminologia,
adotou o ensinamento de Jesus, aplicando-o, sob denominações diversas, na
condição de ingrediente inarredável do êxito, em qualquer empreendimento.
Abrangendo o próprio comércio, o perdão é praticado em todos os processos
de relacionamento entre as criaturas, bastando se lhe observe o conteúdo sob outra
vestimenta verbal.
Chama-se “liberação”, nas ciências psicológicas; “moratória”, nas lides
bancárias; “paciência”, no instituto da família; “aceitação”, nas crises e tribulações
que, porventura, repontem do cotidiano; e “cortesia”, na movimentação dos
negócios.
Sem a disposição de atendimento generoso às necessidades dos outros, de
modo a livrá-los por antecipação de quaisquer problemas, ante a lei de causa e
efeito, é até mesmo desaconselhável se responsabilize alguém por essa ou aquela
iniciativa que pretenda beneficiar a vida comunitária.
Recordemos Jesus e verificaremos que para sustentar a própria segurança,
preservar a respeitabilidade do próprio nome, resguardar a harmonia no campo
doméstico e mesmo para conservar cooperadores e amigos, é imperioso se cultive
a tolerância diariamente, não uma só vez, mas setenta vezes sete vezes.
Emmanuel/Francisco C. Xavier " Paz "
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