“Porque amavam mais a glória dos homens do que a glória de Deus.” — (JOÃO, 12.43)
Os séculos parecem reviver com seus resplendores e decadência.
Fornece o mundo a impressão dum campo onde as cenas se repetem constantemente. Tudo instável.
A força e o direito caminham com alternativas de domínio. Multidões esclarecidas regressam a novas alucinações.
O espírito humano, a seu turno, considerado insuladamente, demonstra recapitular as más experiências, após alcançar o bom conhecimento.
Como esclarecer a anomalia? A situação é estranhável porque, no fundo, todo homem tem sede de paz e fome de estabilidade.
Importa reconhecer, porém, que, no curso dos milênios, as criaturas humanas, em múltiplas existências, têm amado mais a glória terrena que a glória de Deus.
Inúmeros homens se presumem redimidos com a meditação criteriosa do crepúsculo, mas… e o dia que já se foi?
Na justiça misericordiosa de suas decisões, Jesus concede ao trabalhador hesitante uma oportunidade nova. O dia volta. Refunde-se a existência.
Todavia, que aproveita ao operário valer-se tão somente dos bens eternos, no crepúsculo cheio de sombras?
Alguém lhe perguntará: que fizeste da manhã clara, do Sol ardente, dos instrumentos que te dei? Apenas a essa altura reconhece a necessidade de gloriar-se no Todo-Poderoso. E homens e povos continuarão desfazendo a obra falsa para recomeçar o esforço outra vez.
Emmanuel/ Francisco C. Xavie "Caminho, Verdade e Vida"
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