terça-feira, 16 de junho de 2015

Adolescência - SEXO E MATRIMÔNIO II

Olá,

 18.3 — Compromisso sexual e alimento magnético

 O compromisso sexual entre os cônjuges não se limita unicamente à prática sexual fisiológica, pois outros valores que expressam também sexualidade são indispensáveis, na esfera do Espírito, para complementação e sustentação da alegria na união conjugal.

A sexualidade no casal não é somente a troca de elementos sexuais físicos mas, muito mais, a permuta do alimento magnético, que nasce das forças desconhecidas da alma, funcionando num circuito de forças. Em virtude deste vínculo magnético é que nasce a grande responsabilidade do parceiro ou da parceira, na permanente manutenção, não somente do instinto sexual satisfeito, mas também a doação dos valores mais altos do sentimento, que constitui o alimento básico para que os cônjuges possam continuar espiritualmente fortes, na execução de seus deveres matrimoniais, familiares, educacionais, profissionais e religiosos.
 Para tanto, é indispensável a vigilância interior de ambos, a fim de não prejudicar o equilíbrio emotivo do companheiro ou da companheira.
 Emmanuel nos fala da importância do alimento magnético:
 “A sexualidade no casal existe, sobretudo, em função de alimento magnético entre os dois corações que se integram um no outro e daí procede a necessidade de vigilância para que a harmonia não se perca, nesse circuito de forças.”
 “Vida e Sexo” — Emmanuel / F. C. Xavier —  LIÇÃO .13

18.4 — União sexual fisiológica e sexualidade espiritual Imprescindível se torna aos cônjuges cuidar da regularidade da união sexual fisiológica, mas muito mais deve ser cuidada a sua sexualidade espiritual, pois esta é que é a usina mantenedora da união matrimonial, sendo a reunião dos corpos apenas uma complementação e não o fator básico da união.
Se a perfeita normalidade sexual fosse o fator fundamental da união, não poderia haver separação e crescimento de antipatia entre casais, depois de muitos anos de atividade sexual normal, satisfazendo as necessidades do instinto sexual e a complementação da sede afetiva.
Neste caso houve união de corpos, mas não de corações.
Quando na união conjugal o fator básico é a relação sexual fisiológica, desprezando o desenvolvimento da permuta de vibrações psíquicas harmoniosas, é sinal de que essa união terá sempre problemas de relacionamento, surgirão a insatisfação, o desencanto e o desalento, e ela poderá vir a ser desfeita com o tempo.
 O amor não está limitado ao instinto sexual satisfeito. A relação sexual, por si só, une corpos e desejos, mas não funde almas, dentro da lei de simpatia. O perfeito ajustamento sexual entre os cônjuges, antes de tudo, nasce do cultivo de vibrações simpáticas mútuas em todas as suas realizações, seja no lar ou fora dele.
Não queremos dizer que, com o desenvolvimento da permuta dos recursos psíquicos harmoniosos entre o casal, se esteja decretando a diminuição ou a ausência da relação sexual. Não. O que vai acontecer é que as alegrias entre o casal, não se limitando ao prazer rápido do instinto sexual regularizado, encontrará fontes de prazer muito mais belas, profundas e intensas, no reino infinito do Espírito.
As relações sexuais permanecem, mas sustentadas, iluminadas e fortalecidas pelas vibrações magnéticas equilibradas e reconfortadoras dos cônjuges.

18.5 — Lei Divina Material e Lei Divina Moral.

 Instinto sexual e amor

Meditemos nas palavras esclarecedoras do Codificador Allan Kardec, quando nos instrui sobre as duas leis que devem reger a vida matrimonial:
 “(...) na união dos sexos, a par da lei divina material, comum a todos os seres, há outra lei divina imutável como todas as leis de Deus, exclusivamente moral: a lei de amor.
Quis Deus que os seres se unissem não só pelos laços da carne, mas também pelos da alma (...)“.
“O E. S. E.” — Allan Kardec — CAP.22
Para a felicidade conjugal, é indispensável observar estas duas leis: a do instinto sexual e a do amor. A primeira é poderosa e muito forte em todas as pessoas, e, além disso, sua atividade é comum e fácil, pois rege a união dos corpos; a segunda já não está no corpo, não é instintiva e se encontra no Espírito.
A primeira necessita da utilização dos órgãos genésicos, a segunda necessita do órgão da alma: o coração. O cumprimento consciente, equilibrado e harmonioso dessas duas leis pelos cônjuges é que vai decretar uma vida matrimonial profunda, eficaz, ativa, produtiva, alegre, atuante e progressista, dentro e fora do lar.

Walter Barcelos                                  "  Evolução e Sexo "

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