Olá,
“E todos os seus conhecidos e as mulheres
Que juntamente O haviam seguido desde a Galiléia, estavam de longe, vendo estas
cousas.”
-Lucas, 23: 49.
A solidão de Jesus no Calvário é uma lição viva aos discípulos do Evangelho, em
todos os tempos.
Quase sempre os aprendizes procuram impor ao próximo o seu modo
de sentir.
Às vezes, quando menos avisados, raiam pela imprudência,ansiosos pela
renovação imediata de amigos, de conhecidos, de familiares.
Suas atividades se convertem num conjunto de inquietações indevidas.
Andam esquecidos de que cada um será compelido ao testemunho nos grandes
momentos.
E, quando chegado o ensejo, devem contar, acima de tudo, com Deus e consigo
próprios.
Jesus, no Apostolado da Luz e do Bem, junto ao espírito popular, formara
compacta legião de amigos.
Todos os beneficiários de Sua Obra seguiam-No em admiração constante.
Volteavam-Lhe em torno dos passos, não só os admiradores, os aprendizes, os
curiosos, mas também os doentes da véspera, reintegrados no tesouro da saúde, à força
de Sua Dedicação Divina.
Mas no grande momento, quando as sombras do martírio Lhe amortalhavam o
coração, todos os participantes de Suas caminhadas se recolheram à distância da Cruz,
contemplando de longe.
Não se ouviu a voz de nenhum beneficiado, ao pé do Calvário. Ninguém Lhe
recordou, no extremo instante, as Obras Generosas, perante os algozes que O
acompanhavam.
E o ensinamento ficou para que cada aprendiz, no decurso do tempo, não
esquecesse a necessidade do próprio valor.
Emmanuel/Francisco C. Xavier " Alma e Luz "
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