Olá,
“Bem aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão
misericórdia”. – Jesus – Mateus, 5 : 7.
Comumente referimo-nos à compaixão em termos que se reportem à
semelhante bênção de nós para com os outros, entretanto, a fim de que o
orgulho não se nos infiltre no coração sob o nome de virtude, vale recordar a
compaixão que tantas vezes procede dos outros em socorro de nós.
De quando em quando, pelo menos, rememoremos as
demonstrações
de paciência e bondade dos irmão que nos suportam sem queixa a teimosia e a
inconsequência nos dias de imaturidade ou irritação;
o apoio das criaturas que
prosseguiram trabalhando em nosso favor, mesmo cientes de que as
combatíamos sem apreender-lhes os elevados intuitos;
o amparo de
benfeitores que continuaram a servir-nos ainda quando depois de se
conscientizarem quanto aos gestos de frieza ou ingratidão com que lhe ferimos
o espírito;
a tolerância dos companheiros que, mesmo em nos sabendo
desequilibrados nos dias de erro, não nos sonegaram a bênção da amizade e
da confiança, aguardando-nos os reajustes espirituais;
e o auxílio dos irmãos
que nos perdoaram ofensas e agravos, auxiliando-nos sem pausa, além das
dificuldades e empeços com que lhes espancamos o carinho e a abnegação
para conosco.
Reflitamos a imensidão da piedade que nos sustenta a vida até agora e
observaremos que sem isso provavelmente a maioria de nós outros teria
mergulhado indefinidamente nas correntes da prova criadas por nós mesmos,
com a nossa própria negligência.
Meditemos nisso e saibamos exercer a compaixão para com todos,
particularmente para com aqueles que nos firam e reconheceremos resgatar os
nossos débitos de amor para com o próximo, a perceber, por fim, que todos
nós para viver, conviver e sobreviver, precisamos, em qualquer parte e em
qualquer circunstância, da bondade e da compaixão de Deus.
Emmanuel/Francisco C. Xavier "Tocando o Barco"
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