Olá,
3.7 — Subconsciência: arquivo profundo da personalidade
A mente é o equipamento sublime do Espírito, resultado de milênios
incontáveis de evolução incessante, onde estão gravados, de maneira indelével,
todos os recursos psicológicos de nossa personalidade: caráter, cultura,
hábitos, aptidões, sensibilidade, desejos, virtudes, vícios, amor, paixões etc.
Os
recursos mentais variam de Espírito para Espírito, em
função do livre-arbítrio
de cada um no aproveitamento das experiências, na existência terrena.
Tudo que praticamos: pensando, falando, sentindo e agindo, na fieira das
reencarnações, é arquivado, na forma de reflexos nos escaninhos de nossa
mente, na sua zona mais profunda, que é a sub-consciência, estruturando
assim a nossa individualidade.
A subconsciência, explica-nos o Espírito Emmanuel:
(...) é o acervo de experiências realizadas pelo ser em suas
existências passadas.
O Espírito, no labor incessante de suas múltiplas existências, vai
ajuntando as séries de suas conquistas, de suas possibilidades, de
seus trabalhos; no seu cérebro espiritual organiza-se, então, essa
consciência profunda, em cujos domínios misteriosos se vão
arquivando as recordações ‘.
“Emmanuel” — Emmanuel / F. C. Xavier — FEB — Cap.14
Se a mente é a sede real do sexo, pode-se entender daí como é o sexo
nos Espíritos.
Realmente, os Espíritos não podem reproduzir-se, mas conservam,
no seu maravilhoso arquivo mental, todos os reflexos resultantes de suas
atividades praticadas aqui na Terra, na sucessão das reencarnações, vivenciando
as funções masculinas ou femininas que o corpo físico lhes
ofereceu.
É o que André Luiz nos reporta:
“Na Esfera da Crosta, distinguem-se os homens e mulheres
segundo sinais orgânicos, específicos. Entre nós, prepondera ainda o
jogo das recordações da existência terrena, em trânsito, como nos
achamos, para regiões mais altas.” “No Mundo Maior” — André Luiz / F. C. Xavier — FEB — Cap.11
O mesmo afirmava também o Codificador, Allan Kardec, comentando o
problema da influência da experiência física na vida espiritual e vice-versa.
A
influência que se transfere para a vida espiritual que o Codificador analisa, são
as mesmas recordações guardadas na mente, ditas por André Luiz:
“Se essa influência se repercute da vida corporal à vida espiritual,
o mesmo se dá quando o Espírito passa da vida espiritual para a
corporal. Numa nova encarnação trará o caráter e as inclinações que
tinha como Espírito.” Revista Espírita 1866 -Mês-01
3.8 — Departamento das almas femininas e masculinas na cidade
espiritual “Nosso Lar”
Se o caráter dos sexos não continuasse em realidade na vida espiritual,
como uma expressão particular e mais profunda de cada Espírito, não veríamos
trechos nas obras de André Luiz, como estes:
“As almas femininas não podem permanecer inativas aqui. É
preciso aprender a ser mãe, esposa, missionária, irmã.” “Nosso Lar” — André Luiz / F. C. Xavier — FEB —Cap.20)
“Eu não sabia explicar a grande atração pela visita ao
departamento feminino das Câmaras de Retificação.” “Nosso Lar” — André Luiz / F. C. Xavier — FEB — Cap.40)
Reservam-se estas câmaras — explicou o companheiro
bondosamente — apenas a entidades de natureza masculina.” “Nosso Lar” — André Luiz / F. C. Xavier — FEB — Cap.27)
O Espírito continua, além-túmulo, com suas tendências de homem ou de
mulher, pois elas estão guardadas na MENTE. A atração entre os sexos continua
no Plano Espiritual, pois permanece também o namoro, o noivado e o
casamento nas sociedades espirituais.
Vejamos a admiração do Espírito André
Luiz em presenciando um casamento no Mundo Espiritual:
“Não tinha, no mundo, a menor idéia de que pudéssemos cogitar
de uniões matrimoniais, depois da morte do corpo. Quando assisti a
festividades dessa natureza, em “Nosso Lar”, confesso que minha
surpresa raiou pela estupefação.” “Os Mensageiros” — André Luiz / F. C. Xavier — FEB — Cap.30)
3.9 — A identificação sexual do Espírito nas comunicações psicofônicas
Notemos também que o escritor espiritual André Luiz nos adverte quanto à
necessidade, quando no intercâmbio com os Espíritos, no trabalho de desobsessão,
de deduzirmos qual o sexo que tal Espírito possui na Terra, pois
este permanece com as mesmas características em sua estrutura psicológica,
como vemos neste trecho:
“(...) Os médiuns esclarecedores, pelo que ouçam do manifestante
necessitado, deduzam qual o sexo a que ele tenha pertencido, para
que a conversação elucidativa se efetue na linha psicológica ideal .“ (20.33)
A sexualidade continua profundamente viva em cada Espírito.
A nossa personalidade, hoje, tanto no plano físico como no espiritual, é
resultado das funções executadas nos milênios, através dos recursos
abençoados do sexo, que a Providência Divina nos oferece para a nossa
evolução. O sexo, portanto, está na base da formação das características de
nossa individualidade.
3.10 — Personalidade sexual: soma de milênios de experiências
O mentor espiritual Emmanuel esclarece-nos:
“(...) Toda a estrutura psicológica, em que se nos erguem os
destinos, foi manipulada com os ingredientes do sexo, através de
milhares de reencarnações”. (17.14)
3.11— A sexualidade nos órgãos genitais
Os órgãos genitais não são os elementos básicos para definir a
sexualidade das criaturas humanas, pois eles são instrumentos passivos,
obedecendo ao comando mental.
Não são eles que decretam a nossa
sexualidade, mas sim a nossa estrutura psicológica. É o que nos explica André
Luiz:
“O sexo é, portanto, mental em seus impulsos e manifestações,
transcendendo quaisquer impositivos da forma em que se exprime.”
(23.18-1 P)
Nossos desejos, sonhos, ideais, sensibilidade, hábitos, aptidões, impulsos
afetivos, tendências e reações intimas, tanto na feminilidade quanto na
masculinidade, continuam conosco na vida espiritual, pois estão registrados na
mente.
SEXO E EVOLUÇÃO WALTER BARCELOS
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