sábado, 15 de junho de 2013

EVANGELHO - OS DOZE E SUA MISSÃO VIII

 Olá,

MATEUS CAP.10

 24 Não é o discípulo mais que seu Mestre, nem o servo mais que seu senhor; 25 Basta ao discípulo ser como o seu mestre e ao servo, como seu senhor. Se eles chamaram Belzebu ao pai de família, quanto mais aos  seus domésticos? 

Jesus nos recomenda que o tomemos por modelo em nosso labor evangélico.



Calmos, pacíficos, mansos e tolerantes, exemplifiquemos com os atos o que pregarmos com as palavras. Não violentemos a consciência de ninguém. Não nos percamos no emaranhado das discussões inúteis. Estejamos certos de que se nos foi concedido semearmos algumas sementes, ao Pai Celestial pertence o fazê-las germinar.
 Quanto aos que nos perseguirem, zombarem e escarnecerem de nossa doutrina, perdoemo-los de todo o coração, lembrados de que se assim trataram o Senhor, não saberiam tratar melhor os seus servidores.

26 Pois não os temais; porque nada há encoberto que se não venha a descobrir; nem oculto que se não venha a saber. 27 O que eu vos digo às escuras, dizei-o às claras; e o que se vos diz ao ouvido, publicai-o dos telhados.

Os discípulos não devem temer aqueles que não lhes aceitam as lições. A lei da desencarnação os levará para o mundo espiritual e lhes provará serem verdadeiros os ensinamentos, que repudiaram, quando encarnados. É o que sucede atualmente com o Espiritismo: ensina a lei da reencarnação, a imortalidade da alma, prega que não existem tormentos eternos, demonstra o progresso ininterrupto do espírito, estabeleceu a comunicação entre os encarnados e os desencarnados; por fim, explica de modo mais racional os preceitos de Jesus.
 Apesar de encerrar tanta beleza e simplicidade, ainda encontra perseguições, descrentes e detratores. Não os devemos temer. A desencarnação se encarregará de abrir-lhes os olhos para as verdades eternas. Por isso, publiquemos sempre em voz bem alta e por toda a parte, as lições que recebemos por meio do Espiritismo.

 28 E não temais aos que matam o corpo e não podem matar a alma; temei antes porém ao que pode lançar no inferno tanto a alma como o corpo.

Inferno é o símbolo do sofrimento em que incorremos todas as vezes em que incidimos em faltas.
 Não há castigos eternos e não há inferno onde os espíritos culpados sofram as consequências de suas más ações, por toda a eternidade. Conquanto o sofrimento seja efêmero, é causado ao nosso corpo por todo ato, por mais insignificante que seja, que praticarmos em desacordo com as leis divinas.
E é frequente um espírito sofrer, durante sucessivas reencarnações em corpos carnais, as más conseqüências dos péssimos atos do passado. A reencarnação é um processo regenerador e aperfeiçoador ao mesmo tempo; enquanto de um lado faz com que corrijamos os erros do passado, de outro lado promove nosso aprimoramento espiritual.
 Como somos espíritos imortais submetidos a um constante progresso, é através das reencarnações, isto é, das vidas sucessivas que vivemos na terra, e algumas delas bastante dolorosas, é através delas que sairemos da materialidade primitiva e alcançaremos a espiritualidade superior.
 Tal sucede com a jóia que antes de ostentar todo seu fulgor, tem de suportar inúmeros processos de burilamento até perder toda a ganga que a enfeiava e lhe ocultava o magnífico brilho.
 O que devemos temer não são as perseguições que apenas atingem o nosso corpo.
 Devemos temer o que atinge a alma. O corpo é transitório, a alma é imortal.
O que atinge a alma e pode lançá-la no inferno, isto é, em muitos séculos de sofrimentos expiatórios repercutindo nas vidas sucessivas, é a hipocrisia, o orgulho, o ódio, os crimes, os vícios, em resumo, o mal sob qualquer forma de que se revista.

 O EVANGELHO DOS HUMILDES             ELISEU RIGONATTI

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