domingo, 1 de setembro de 2013

1859, p. 178

Olá,

“Nossos estudos nos ensinam que o mundo invisível que nos cerca reage constantemente sobre o mundo visível;
no-lo mostram como uma das forças da Natureza; conhecer os efeitos desta força oculta que nos domina e nos subjuga com nosso desconhecimento não é ter a chave de mais um problema, a explicação de uma multidão de fatos que passam desapercebidos?
Se esses efeitos podem ser funestos, conhecer a causa do mal não é ter um meio de se prevenir, como o conhecimento



das propriedades da eletricidade nos tem dado o meio de atenuar os efeitos desastrosos do raio?
Se então sucumbirmos, não poderemos nos queixar senão de nós mesmos, porque não teremos a ignorância por desculpa.
O perigo está no império que os maus Espíritos impõem sobre os indivíduos, e esse império não é somente funesto do ponto de vista dos interesses da vida material. A experiência nos ensina que jamais é impunemente que alguém se abandona à sua dominação; porque suas intenções não podem nunca ser boas.
 Uma de suas táticas para chegar a seus fins é a desunião, porque sabem muito bem que poderão facilmente tirar vantagens daquele que está privado de apoio; também, seu primeiro cuidado, quando querem se apoderar de alguém, é sempre o de lhe inspirar a desconfiança e a antipatia por quem possa desmascará-lo com esclarecimentos, por conselhos salutares.
Uma vez senhores do terreno, podem, a seu gosto, fasciná-lo com promessas sedutoras, subjugá-lo lisonjeando suas inclinações, aproveitando para isso todos os pontos fracos que encontram, para melhor fazê-lo sentir em seguida a amargura das decepções, afligi-lo em suas afeições, humilhá-lo em seu orgulho e, frequentemente, elevá-lo por um momento senão para o precipitar de mais alto.”

Allan Kardec

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