Olá,
Comum ouvir-se, aqui e além, pessoas de convicção religiosa declarando-se decididas a
transferir para Deus as responsabilidades que lhes concernem.
Receando sacrifícios e alérgicas a problemas, desertam da obrigação e asseveram que
Deus lhes tomará o lugar.
Diante de um esclarecimento que lhes reclame desistência a vantagens humanas ou
à frente de trabalho que lhes rogue humildade, ausentam--se apressadas da esfera de
luta, dizendo-se
tão confiantes em Deus que não hesitam entregar-lhe as tarefas que
lhes dizem respeito, tal se o Criador lhes fosse assalariado vulgar.
Para elas, Deus é obrigado a ocupar-se com a limpeza da casa, a transformar-se em
aio vigilante de pirralhos inconscientes ou a enviar-lhe mensageiros que substituam o
guarda de trânsito ou o entregador do armazém.
A Doutrina Espírita chega ao mundo para erradicar-nos da alma semelhantes ilusões,
explicando-nos que a Sabedoria Maior nos concede os ingredientes da vida, em regime
de empréstimo, para a execução da tarefa necessária à felicidade e ao
aperfeiçoamento de nós mesmos.
Apostolados domésticos, realizações sociais, espinhos de profissão, holocaustos de
família, calvários de testemunhos de amor e desapego são, na essência, empreitadas
que solicitamos à Providência Divina, antes da reencarnação, prometendo esforço
máximo na desincumbência de tais compromissos.
Nós que nos referimos a Jesus, a cada passo da crença, não poderemos esquecer que
ele, o Mestre, não relegou para Deus o áspero ofício de esclarecer-nos, o que fez por si
mesmo, à custa da própria dilaceração.
Cristãos responsáveis, urge saibamos abraçar a renovação a que somos intimados
pela mensagem do Evangelho Redivivo, francamente dispostos a largar o comodismo
de tudo endereçar para o Céu, aprendendo a entregar para Deus a consciência do
dever bem cumprido e o serviço pronto.
André Luiz/Waldo Vieira " Sol nas Almas "
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