Olá,
Não ignoramos que a lei de causa e efeito funciona mecanicamente, em todos os
domínios do Universo.
Sabemos, porém, que diariamente criamos destino.
Decerto que a Eterna Sabedoria não nos concede a inteligência para obedecermos
passivamente aos impulsos exteriores; confere-nos inteligência e razão para
obedecermos às leis por ela estabelecidas, com o preciso discernimento entre o bem e o
mal.
Cabe-nos, assim, criar o bem e promovê-lo com todas as possibilidades ao nosso
alcance.
Deploramos a tragédia passional em que se envolveram amigos dos mais queridos .... Indaguemos de nós sobre o que efetuamos, em favor deles, para que não se arrojassem
na delinquência.
Espantamo-nos perante a desolação de mães desvalidas que se condenam à morte, à
frente dos próprios filhos desamparados... Perguntemos-nos quanto ao que foi feito por
nós, a fim de que a penúria não as levasse à grimpas do desespero.
Lamentamos desajustes domésticos e perturbações coletivas, incompreensões e
sinistros; entretanto, em qualquer falha nos mecanismos da vida é necessário inquirir,
quanto à nossa conduta, no sentido de remover, em tempo hábil, a ocorrência infeliz.
“O bem antes de tudo” deve erigir-se por item fundamental do nosso programa de cada
dia.
Atendamos ao socorro fraterno, na imunização contra o mal, com o desvelo dentro do
qual nos premunimos contra acidentes, em respeitando os sinais de trânsito.
Alguém se permitirá dizer que, se somos livres, nada temos a ver com as experiências do
próximo; e estamos concordes com semelhante assertiva, no tocante a viver, de vez que
todos dispomos de independência nas escolhas e ações da existência, das quais
forneceremos contas respectivas, ante a Vida Maior; contudo, em matéria de conviver, coexistimos na interdependência, em que necessitamos do amparo uns dos outros, para
sustentar o bem de todos.
Os viajantes de um navio, a pleno oceano, reclamam auxílio mútuo, a fim de que se evite
o soçobro da embarcação.
Nós, os Espíritos encarnados e desencarnados, em serviço no Planeta, não nos achamos
em condição diferente. Daí, a necessidade de fazermos todo bem que nos seja
possível na reparação desse ou daquele desastre, mas, para que tenhamos sempre a
consciência tranquila, é preciso saber se fizemos o bem antes.
Emmanuel/Francisco C. Xavier " Estude e Viva "
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