Olá,
“Ao homem herege, depois de uma e outra admoestação, evita-o.”
- Paulo – Tito: - 3-10
O ato de aconselhar tem a sua época própria, à maneira de todas as cousas.
Muitos aprendizes costumam esquecer que se encontram no mundo em serviço de retificação
do pretérito e de auto-iluminação, estacionando em falsos caminhos.
Insistentemente consultados, não percebem a trama sutil que lhes detém os passos e,
quando não regressam à vigilância, vão olvidando inconscientemente a si mesmos.
A preguiça sempre se orgulhou de encontrar uma advogada na complacência fácil.
E conferindo-lhe posição de superioridade, nela se apóia para a dilatação de todos os erros.
A primeira deseja uma companhia para os maus caminhos; a segunda aprova, em vista
da falsa situação de destaque em que foi colocada.
Daí o veneno sutil da ociosidade que sempre busca os conselhos de sua mentora, para
fazer, em seguida, às ocultas, que bem entende, voltando sempre a se aconselhar novamente.
Reportando-nos ao ensinamento de Paulo, não queremos dizer que a rebeldia ou a ignorância
devam ser sumariamente condenadas, quando a própria heresia, tem, por vezes, a sua
tarefa.
Elas merecem uma ou outra admoestação, devem ser credoras de nossa atividade fraternal,
mas passado o tempo em que nosso concurso era suscetível de lhes restaurar as estradas,
não será justo dar-lhes força para a irreflexão.
Temos, igualmente, o nosso roteiro e as nossas experiências.
Estacionar com elas na falsa atitude de conselheiros seria desempenhar o papel da complacência
frente à ociosidade criminosa.
Emmanuel/Francisco C. Xavier " Levantar e Seguir "
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