sexta-feira, 15 de junho de 2018

Evangelho - A reivindicação

Olá,

Sede indulgentes para as faltas alheias, quaisquer que sejam; não julgueis com severidade senão as vossas próprias ações e o Senhor usará de indulgência para convosco, como usastes para com os  outros.
 O Evangelho Segundo Espiritismo Cap. X – Item 17

Há muito aspirava Saturnino Peixoto ao interesse de algum homem público para favorecê-lo na abertura de certa estrada. Para isso, conversou, estudou, argumentou...

Concluiu, por fim que a pessoa indicada seria o deputado Otaviano, recém-eleito, homem ao qual se referiam todos da melhor maneira, pela atenção e carinho com que se dedicava à solução dos problemas da extensa região que representava.
Depois de ouvir o escrivão da cidade, Saturnino redigiu longa carta-memorial, minudenciando a reivindicação. E ficou aguardando a resposta.
Correram dias, semanas, meses. Nenhum aviso. Revoltado, Saturnino começou a exprobrar a conduta política do deputado que nem sequer lhe respondera à carta.
 Sempre que se lembrava do assunto, criticava o político, censurando-o asperamente, a envolver todos os homens públicos em condenação desabrida.
Nada valiam ponderações da companheira, Dona Estefânia, espírita convicta, que lhe pedia perdoar e esquecer. Transcorreram três anos, até que a solicitação caducou.
Saturnino, obrigado a desistir da ideia, guardou, contudo, profundo ressentimento do legislador que terminava o mandato.
 Certo dia, porém, revolvia os guardados de velha prateleira no escritório, quando encontrou, surpreendido, entre livros e papéis relegados à traça, o memorial que escrevera ao deputado, dentro de envelope sobrescritado, selado e recoberto de pó.
Saturnino se esquecera de enviar a carta...

 Hilário Silva/Francisco C. Xavier               " O Espírito da Verdade "

Deixe seu comentário.

Nenhum comentário:

Postar um comentário