quarta-feira, 25 de julho de 2018

Vigilância - O Tempo

Olá,

 Todas as criaturas gozam o tempo - raras aproveitam-no.
 Corre a oportunidade - espalhando bênçãos.
Arrasta-se o homem - estragando as dádivas recebidas.
 Cada dia é um país - de vinte e quatro províncias.
Cada hora é uma província - de sessenta unidades.
O homem, contudo.o, é o semeador - que não despertou ainda.
Distraído cultivador - pergunta : "que farei"? E o tempo silencioso responde - com ensejos benditos : De servir - ganhando autoridade.
De obedecer - conquistando o mundo.

De lutar - escalando os céus.
O homem, todavia, - voluntariamente cego, roga sempre mais tempo - para zombar da vida,
Porque, se obedece - revolta-se, orgulhoso,
 Se sofre - injuria e blasfema,
Se chamado.o a contas - lavra reclamações descabidas.
Cientistas - fogem da verdadeira ciência.
Filósofos - ausentam-se dos próprios ensinos.
Religiosos - negam a religião.
 Administradores -  retiram-se da responsabilidade.
Médicos - subtraem-se à Medicina.
Literatos - furtam-se à divina verdade.
Estadistas - centralizam a dominação.
Servidores do povo - buscam interesses privados.
Lavradores - abandonam a terra.
Trabalhadores - escapam do serviço.
Gozadores temporários - entronizam ilusões.
Ao invés de suar no trabalho - apanham borboletas da fantasia.
Desfrutam a existência - assassinando-a em si próprios.
 Possuem os bens da Terra - acabando possuídos.
Reclamam liberdade - submetendo-se à escravidão.
 Mas chega um dia - porque há sempre um dia mais claro que os outros,
Em que a morte - surge - reclamando trapos velhos...
O tempo recolhe, então - apressado - as oportunidades que pareciam sem fim...
E o homem reconhece - tardiamente preocupado - Que a Eternidade Infinita - pede conta do minuto.

 André Luiz/Francisco C. Xavier   " Correio Fraterno "

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