Olá,
“Ide! Eis que vos mando como cordeiros ao meio de lobos.”
Jesus (Lucas, 10:3.)
Naturalmente Jesus, em pronunciando semelhante recomendação,
reportava-se
a cordeiros fortes que conseguissem respirar em plano superior aos
lobos vorazes.
Seria razoável enviar ovelhas frágeis a bestas violentas?
Seria o mesmo que
ajudar a carnificina.
O Mestre, indubitavelmente, desejava as qualidades de ternura e
magnanimidade dos continuadores, mas não lhes endossaria as vacilações e
fraquezas.
Aliás, para serviço de tal envergadura, desdobrado em verdadeiras batalhas
espirituais, ele necessitava de cooperadores fiéis, bondosos, prudentes, mas
valorosos.
Enviava os discípulos ao centro de conflito áspero, não no gesto de quem
remete carneiros ao matadouro, e sim à gleba de serviço, onde pudessem semear
novos e sublimados dons espirituais, entre os lobos famintos, através da
exemplificação no bem incessante.
Entretanto, há companheiros, ainda hoje, que se acreditam colaboradores do
Cristo apenas porque levantam aos céus as mãospostas,
em atitude suplicante.
Esquecem-se
de que Jesus afirmou, peremptório: “Ide! eis que vos mando!...”
Em tal determinação, vemos claramente que existem trabalhos a efetuar,
ações beneméritas a instituir.
O mundo é o campo, onde o trabalhador encontrará a sua cota de
colaboração.
É preciso realmente ir aos lobos. Seria perigoso esperálos.
Muitos lidadores, porém, reclamam contra a cruz e o martírio, olvidando
que o Senhor e seus corajosos sucessores neles encontraram a ressurreição e a
eternidade através da resistência construtiva contra o mal.
Se os madeiros e leões retornassem, deveriam encontrar o trabalhador no
esforço que lhe compete e nunca em atitude de inércia, a distância do ministério que
lhe foi confiado.
O apelo do Cristo ressoa, ainda agora...
É imprescindível caminhar na direção dos lobos, não na condição de fera
contra fera, mas na posição de cordeirosembaixadores;
não por emissários da
morte, mas por doadores da vida eterna.
Emmanuel/Francisco C. Xavier " Vinha de Luz "
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