Olá,
O equilíbrio é a postura ideal em todas as circunstâncias e situações da vida.
As lutas e tribulações da existência terrestre quase sempre induzem ao desencanto e à
amargura.
Isso porque, o ser humano sempre aguarda resultados opimos de todas as tentativas de
realização, desinformado quanto às finalidades da existência terrestre.
As utopias e as ilusões convidam-no ao otimismo exagerado, sem as reflexões em torno dos
valores reais que devem ser buscados em todos os empreendimentos.
Numa como noutra situação existe uma defasagem em relação à realidade, caracterizando
desequilíbrio e imaturidade do indivíduo.
Quando a reflexão faz parte do hábito existencial, as medidas do equilíbrio se expressam
confortadoras, orientando na conquista dos objetivos superiores e da harmonia íntima que deve
viger em todos os momentos, por mais desafiadores se apresentem.
Por outro lado, a insensatez que predomina no comportamento humano se encarrega de
conduzir a pessoa à busca da felicidade louçã, feita de sonhos e engodos, que passam deixando o
vazio existencial em prevalência.
Em algumas circunstâncias, emula ao entusiasmo excessivo, que termina em frustração e
amargura.
O ser humano, porém, encontra-se programado para alcançar o paraíso, que nele reside em
germe, aguardando o desenvolvimento que as experiências da vida se encarregam de liberar.
Filosofias imediatistas, trabalhadas na futilidade, no entanto, fascinam-no e conduzem-no
pelo caudaloso rio das distrações materiais, sem lhe produzirem a harmonia indispensável para o
autoencontro.
Em face dessa opção equivocada, se argamassa a expectativa de felicidade apenas no
comportamento sensorial de efêmera duração.
A conscientização da realidade é desafio que somente poucos interessados em aprofundar os
objetivos existenciais conseguem identificar, entregando-se-lhes com alegria.
Crê-se, indevidamente, que são incompatíveis os objetivos do progresso material em relação
àqueles de natureza transcendental.
Sem dúvida, os compromissos terrenos, aqueles que fomentam o progresso da sociedade,
também fazem parte integrante das altas responsabilidades morais do Espírito imortal.
Desse modo, é necessário refletir em torno da conduta, não se entregando de forma afanosa
e exagerada ao labor material, como se fosse o único dever a cumprir, tampouco abandonado tudo,
com desprezo pelas tarefas sociais e humanas, a fim de cuidar da vida espiritual.
O equilíbrio consiste no trânsito pelo caminho do meio, mediante o discernimento que
promove a vida material, ao tempo que ilumina a consciência com o combustível do amor e da
dignidade.
As experiências vividas no corpo físico são de vital importância para o desenvolvimento do
Espírito que alarga os horizonte do conhecimento e do sentimento, lentamente penetrando nos
arcanos da vida.
Vagarosa, porém, seguramente, a marcha de quem pretende alcançar as alturas espirituais é
feita de pequenas realizações no círculo humano onde se encontra.
O céu ambicionado e que parece distante, encontra-se ao alcance do primeiro passo, onde
têm lugar as suas fronteiras.
A conquista real da felicidade somente se torna factível quando se compreende o de que se constitui.
Os fogos-fátuos do prazer apresentados pelo materialismo e pelas doutrinas religiosas de
ocasião diluem-se, à medida que a realidade se apresenta.
O vir-a-ser, a que todos aspiram, deve constituir-se pelos conceitos da beleza, da harmonia e
da autorrealização que se firmam nos ideais enriquecedores.
Todos anelam pela conquista do paraíso. Nada obstante, poucos se entregam ao afã de
encontrá-lo, derrapando nos abismos infernais do desequilíbrio.
Há aqueles que assim procedem, por elegerem os caminhos da obstinação perversa, da
conduta irrefletida, das ambições desmedidas.
E outros existem que, embora se encontrem trizes
para autopromover-se, afligindo e ignorando os demais carentes que encontram pelo caminho...
desse modo, seguem aos infernos trilhando os roteiros do céu, isto é, da bondade, da fé, da
solidariedade que não sabem ou não desejam vivenciar.
Comprometidos, com o mal desde antes, conhecem a maneira de triunfar, porém demoram-se
estacionados nos ancoradouros do vício em que se comprazem, da comodidade que os agrada...
Quando se acende uma luz, na razão direta que a claridade se esparze, os objetos que estão
em frente produzem sombra.
É valiosa por fora, sem dúvida. Todavia, quando alguém se
autoilumina, à semelhança de uma lâmpada gloriosa, faz-se tudo claridade.
O esforço empregado para emboscar no coração a luz da verdade, é o compromisso de todo
ser inteligente durante a vilegiatura carnal.
Cada passo dado adiante faculta a conquista de mais alto patamar de ascensão, superando as
aspirações mantidas e desenhando novos anelos que promovem para cima.
Nunca te detenhas, portanto, no já conseguido, tendo em vista que não existem limites para
quem se entregue à luta evolutiva.
Vestindo a indumentária da humildade e revestindo-te coma couraça da fé em Deus, todos os
teus esforços se coroarão de bênçãos e as tuas pegadas ficarão na retaguarda como setas de luz
apontando o rumo seguro para aqueles que virão depois.
A tua é a missão de construir a Terra melhor e mais feliz, iniciando o labor em teu mundo
íntimo e ampliando-o além das fronteiras que te limitam.
Nesse empreendimento encontrarás as dificuldades colocadas pelos anões morais que te
buscarão cercear o passo, que lutarão por desanimar-te ou que te tentarão envolver nas suas malhas
da bajulação, do encantamento, caso não te consigam derrubar.
Mantém o equilíbrio em todas as situações em que te depares.
Para e reflexiona, a fim de avançares com segurança.
Nunca desistas dos ideais que engradecem a vida e dignifica, a existência.
Todo empreendimento que objetiva a transformação moral do indivíduo e da comunidade
enfrenta dificuldades e lutas.
Permanece confiante no teu esforço e no auxílio que receberás de Deus através dos Seus
mensageiros, se te voltares para Ele.
Assim, nunca percas o equilíbrio quando te encontres no meio da batalha.
Rei solar, Jesus desceu ao vale sombrio do planeta, mergulhando nas densas vibrações, de
modo a libertar por definitivo todos aqueles que ainda se encontravam aprisionados na ignorância e
na selvageria.
O Seu equilíbrio durante a transfiguração gloriosa em que foi homenageado por Moisés e
Elias, permaneceu inalterado, com os mesmos significados quando na cruz infâmia e de punição
indevida...
Esse é o equilíbrio máximo: na elevação do amor sublime e no momento de adentrar-se na esplêndida e permanente madrugada luminosa da imortalidade através da ressureição.
Divaldo Franco/Joanna de Ângelis " Atitudes Renovadas "
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