Olá,
Alma irmã, não te amedrontes
Na senda em que te renovas,
Ante o cadinho das provas
Do mundo a te constranger.
Pela bússola da fé
Já conheces como e onde
A obrigação se esconde
Nos vínculos do dever.
Segue adiante e não temas
As frases cruéis que escutas,
Calúnias, sarcasmos, lutas,
Que te buscam destruir.
Esses venenos da estrada
Misturas de treva e lodo,
Desaparecem, de todo,
Se te deténs a servir.
Se a incompreensão te molesta
Por mais que a mágoa te doa,
Suporta, olvida, perdoa
Nas lides a que te dás;
Quem elege no silêncio
O apoio de cada dia,
Faz-se ponte de harmonia
Para o serviço da paz.
No lar que o Céu te concede,
Espera-te a confiança,
Se o fel da intriga te alcança
Por sofrimento a transpor,
Converte o fio de sombra
Em convite à tolerância
E apaga ofensa e distância
Para a vitória do amor.
Alma irmã, nunca te esqueças
De que a Terra é nossa escola,
O que aflige ou consola
São sempre lições de luz.
Dificuldade e desgosto
Das horas amarguradas,
Significam tomadas
De ligação com Jesus.
Maria Dolores/Francisco C. Xavier " Esperança e Luz "
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