Olá,
“Procura vir antes do inverno.”
Paulo (II Timóteo, 4:21)
Claro que a análise comum deste versículo revelará a prudente
recomendação de Paulo de Tarso para que Timóteo não se arriscasse a viajar na
estação do frio forte.
Na época recuada da epístola, o inverno não oferecia facilidades à
navegação.
É possível, porém, avançar mais longe, além da letra e acima do problema
circunstancial de lugar e tempo.
Mobilizemos nossa interpretação espiritual.
Quantas almas apenas se recordam da necessidade do encontro com os
emissários do Divino Mestre por ocasião do inverno rigoroso do sofrimento?
Quantas se lembram do Salvador somente em hora de neblina espessa, de
tempestade ameaçadora, de gelo pesado e compacto sobre o coração?
Em momentos assim, o barco da esperança costuma navegar sem rumo, ao
sabor das ondas revoltas.
Os nevoeiros ocultam a meta e tudo, em torno do viajante da vida, tende à
desordem ou à desorientação.
É indispensável procurar o Amigo Celeste ou aqueles que já se ligaram,
definitivamente, ao seu amor, antes dos períodos angustiosos, para que nos
instalemos em refúgios de paz e segurança.
A disciplina, em tempo de fartura e liberdade, é distinção nas criaturas que
a seguem; mas a contenção que nos é imposta, na escassez ou na dificuldade,
convertese
em martírio.
O aprendiz leal do Cristo não deve marchar no mundo ao sabor de
caprichos satisfeitos e, sim, na pauta da temperança e da compreensão.
O inverno é imprescindível e útil, como período de prova benéfica e
renovação necessária. Procura, todavia, o encontro de tua experiência com Jesus,
antes dele.
Emmanuel/Francisco C. Xavier " Vinha de Luz"
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