sábado, 6 de junho de 2020

Evangelho - “Bem-Aventurados os Pacificadores”

Olá,

 “Eu vos deixo a paz, eu vos dou a minha paz” Jo 14,27

Só um autopacificador é que pode ser um alo-pacificador.


 Disse o Mestre, em vésperas da sua morte — não a dou assim como o mundo a dá; dou-vos a minha paz para que a minha alegria esteja em vós, e seja perfeita a vossa alegria, e ninguém mais vos tire a vossa alegria.
É este o grande tratado de paz, no santuário da alma. ...
Essa paz segura e duradoura, porém, só pode existir no homem que ultrapassou todos os erros e todas as ilusões do velho ego e se identificou com a verdade do novo Eu, o homem que descobriu em si o Cristo e o fez triunfar sobre sua vida
...A verdadeira paz não pode ser manufaturada pelo ego humano, porque esse ego é o autor de todas as discórdias que existem sobre a face da terra. Só quando esse pequeno ego humano se integrar no grande Eu divino é que pode surgir uma paz duradoura.
A paz de que fala o divino Mestre e que ele prometeu a seus discípulos não é algo inerte e passivo, como a não-resistência de uma ovelha em face do lobo.
 O amor é uma “violência” espiritual, disse Gandhi, que derrota todos aqueles que recorrem à violência material do ódio.
Verdade é que o creador da verdadeira paz prefere morrer a matar; mas isto é apenas uma consequência natural da sua atitude; não é a essência da paz.
A verdadeira paz é algo essencialmente ativo e dinâmico; uma exuberante plenitude vital, e não uma agonizante vacuidade: é uma jubilosa afirmação, e não uma titubeante negação.
 ...A paz nasce, portanto, de uma profunda sabedoria, do conhecimento da verdade sobre si mesmo. Quem conhece essa verdade é livre de todo o ódio, tristeza, rancor, senso de perda e frustração.

 Huberto Rohden                                   "O Sermão da Montanha"

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