Tanto quanto sustentamos confidências menos felizes com os outros, alimentamos
aqueles do mesmo gênero de nós para nós mesmos.
Como vencer os nossos conflitos interiores?
De que modo eliminar as tendências menos
construtivas que ainda nos caracterizam a individualidade? - indagamo-nos.
De que modo esparzir a luz se muitas vezes ainda nos afinamos com a sombra?
E perdemos tempo longo na introspecção sem proveito, da qual nos afastamos
insatisfeitos ou tristes.
Ponderemos, entretanto que os doentes estivessem proibidos de trabalhar, segundo as
possibilidades que lhes são próprias, e se os benefícios da escola fossem vedados aos
ignorantes, não restaria à civilização outra alternativa que não a de se extinguir, deixandose invadir pelos atributos da selva.
Felicitemo-nos pelo fato de já conhecer as nossas fraquezas e defini-las. Isso constitui um
passo muito importante no Progresso Espiritual, porque, com isso, já não mais ignoramos
onde e como atuar em auxílio da própria cura e burilamento.
Que somos espíritos endividados perante as Leis Divinas, em nos reportando a nós
outros, os companheiros em evolução na Terra, não padece dúvida.
Urge, porém, saber como facear construtivamente as necessidades e problemas do
mundo íntimo.
Reconhecemo-nos falhos, em nos referindo aos valores da alma, ante a Vida Superior,
mas abstenhamo-nos de chorar inutilmente no beco da auto piedade. Ao invés disso,
trabalhemos na edificação do bem de todos.
Cultura é a soma de lições infinitamente repetitivas no tempo.
Virtude é o resultado de experiências incomensuravelmente recapituladas na vida.
Jesus, O Mestre dos Mestres, apresenta uma chave simples para que se lhe identifiquem
os legítimos seguidores: “conhecê-los-eis pelos frutos”.
Observemos o que estamos realizando com o tesouro das horas e de que espécie são as
nossas ações, a benefício dos semelhantes.
E, procurando aceitar-nos como somos, sem
subterfúgios ou escapatórias, evitemos estragar-nos com queixas e auto condenação,
diligenciando buscar, isto sim, agir, servir e melhorar-nos sempre.
Em tudo o que sentirmos, pensarmos, falarmos ou fizermos, doemos aos outros o melhor
de nós, porque Deus nos conhecerá pelos bons frutos que produzirmos.
Emmanuel/Francisco C. Xavier " Rumo Certo"
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