quarta-feira, 1 de julho de 2020

Analisar - SUBLIMAÇÃO

Olá,

 Não te digas sem paz, sem esperança…
 Nem afirmes que o mundo é triste e vão…
 A existência na Terra é ascensão incontida
 E a própria Natureza é um hino à luz da vida,
 Promovendo alegria e elevação.

 Olha a foice cortando o mato inculto…
 Depois, rasga-se a gleba, a golpes de trator.
 Logo após, eis o exílio da semente;

Depois ainda, é o quadro viridente
 Do solo aprimorado a esmaltar-se de flor.

 A dinamite explode, a pleno campo,
 Estremece a pedreira a gritar, a rugir…
 Desunem-se calhaus, fugindo, salto em salto.
 Surge, porém, depois, o caminho de asfalto,
 Apontando a beleza e o fulgor do porvir.

 Cai o tronco a gemer no próprio berço,
 Parecendo um gigante a protestar;
 Em seguida, levado ao corte em que se apura,
 Faz-se viga, portal, segurança e estrutura,
 Oferecendo à vida a proteção do lar.

 O trigo baila ao sol, em cachos de ouro,
 Alteando o valor do solo que o bendiz,
 Mas vem o segador que o deixa em queda e chaga…
 Depois, ei-lo na mesa…
 É o pão em que se apaga
 Para que a refeição seja farta e feliz.

 Assim também, alma querida e boa,
 Sofrimento é poder renovador…
 Sacrifício, aflição, angústia, disciplina
 São Processos de Deus com que Deus nos ensina
 A conquista da Luz e a construção do Amor.

Maria Dolores/Franncisco C. Xavier       " Amanhece "

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