sexta-feira, 24 de julho de 2020

Vigilancia - Estudo no lar

Olá, 

Indagas, muitas vezes, de alma aflita,

  Onde, na Terra, a fórmula bendita

  De conquistar a paz, nas trilhas do dever;

  Entretanto, no mundo, alma querida,

  Tudo aquilo que nutre ou que engrandece a vida

  É trabalho do bem que procura esquecer.


   Ninguém pode olvidar as instruções das cousas,

  Fita o abrigo doméstico onde pousas

  Num momento qualquer de silêncio ou lazer;

  Do piso ao teto ou do alimento à mesa,

  Pensa nas formações da natureza,

  Que te apoiam no lar, procurando esquecer.


 As pedras do alicerce que se esconde,

  Não te pedem aplauso e nem te explicam onde

  Quereriam, por si, permanecer;

  Aceitam suportar-te a casa, instante a instante,

  Lembrando humildes mãos, resguardando um gigante,

  Esquecidas no chão, procurando esquecer.


 A porta que te guarda a segurança,

  Seja em madeira ou não, jamais se cansa

  De amparar-te, gastar se e obedecer;

  Água corrente e limpa em teu próprio aposento,

  Praticando humildade e ajudando, a contento,

  É a fonte que se dá procurando esquecer.


  A lâmpada a teu lado, o armário, o leito amigo,

  O livro que conversa a sós contigo,

  Doando-te consolo e ensinando-te a ver,

  A roupa que te veste, o prato fume e atento,

  — Isso tudo é valor em movimento,

  Agindo em teu favor, procurando esquecer.


   Assim também, no mundo, alma querida e boa,

  Para reter a paz, ama, luta e abençoa,

  Não te doa ajudar, nem te importe sofrer…

  Dores e inquietações? Alegra-te ao vencê-las,

  Do subsolo ao chão e do chão às estrelas,

  Deus nos pede servir, trabalhar e esquecer.

Maria Dolores/Francisco C. Xavier   " A Própria "


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