sábado, 5 de janeiro de 2013

EVANGELHO - A TENTAÇÃO DE JESUS

Olá,

Evangelho segundo Mateus cap. 4

 1 Então foi levado Jesus pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo. 2 E tendo jejuado quarenta dias e quarenta noites, depois teve fome. 3 E chegando-se a ele o tentador, lhe disse: Se és filho de Deus, dize que estas pedras se convertam em pães. 4 Jesus,



respondendo-lhe, disse: Escrito está: Não só de pão vive o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus. 5 Então tomando-o o diabo o levou à cidade santa e o pôs sobre o pináculo do templo. 6 E lhe disse: Se és filho de Deus, lança-te daqui abaixo. Porque escrito está: Que mandou os seus anjos que cuidem de ti e eles te tomarão nas palmas, para que não suceda tropeçares em pedra com teu pé. 7 Jesus lhe disse: Também está escrito: Não tentarás ao Senhor teu Deus. 8 De novo o subiu o diabo a um monte muito alto; e lhe mostrou todos os reinos do mundo e a glória deles. 9 E lhe disse: Tudo isto te darei, se prostrado me adorares. 10 Então lhe disse Jesus: Vai-te Satanás. Porque escrito está: Ao Senhor teu Deus adorarás e a ele só servirás. 11 Então o deixou o diabo; e eis que chegaram os anjos e o serviram.

 Chegara a hora de o Mestre iniciar a gloriosa tarefa que o trouxera à Terra. Antes, porém, medita profundamente. E as vantagens materiais que a Terra lhe oferecia, apresentam-se a seu espírito.
Se ele se consagrasse à sua obra espiritual, era a pobrezas as dificuldades, a humildade, que o aguardavam e, por fim, o martírio.
Se usasse seus dons para fins materiais, de certo teria boa mesa, evitaria as dificuldades geradas pela incompreensão dos homens e conquistaria cargos proeminentes no seio de sua nação. Jesus foi forte. Rejeitou tudo o que o mundo lhe daria e devotou-se ao trabalho espiritual para o qual viera.

Conquanto se possa supor que Mateus exagera ao afirmar que o Mestre jejuou pelo espaço de quarenta dias e quarenta noites, é fora de dúvida que o jejum favorece muito as atividades do espírito, principalmente no tocante ao exercício da mediunidade. Todo médium que nutrir vontade de tirar o máximo proveito de sua mediunidade e obter os melhores resultados de seus trabalhos mediúnicos, deveria cultivar o hábito de impor-se períodos de jejum.

 Certamente, jamais poderemos ombrear com Jesus, o qual, dada sua perfeição espiritual, sabia sobrepor-se às coisas da Terra, usando da matéria somente o necessário para manter-se.
Um médium que luta para sua evolução espiritual e deseja estar permanentemente preparado para o desempenho de seu mediunato, precisa saber praticar o jejum material e o jejum moral.

De três maneiras poderemos jejuar:
1ª — Jejum alimentar: Nos dias de trabalho no Centro, lembrar-se de  preparar seu organismo para a prática da mediunidade. Nesses dias, abster-se de alimentos pesados, dando preferência a alimentos leves e alimentando-se moderadamente. E algumas horas antes do início das sessões, abstenção completa, se possível, de alimentação. Este é um jejum material.

 2ª — Jejum moral: Um médium deve habituar-se a jejuar pelo pensamento, pela palavra e pelos atos. Por este jejum, que é um jejum puramente moral, o médium evitará pensamentos anti-cristãos, impuros e excessivamente materiais; não pronunciará palavras que possam ferir seus semelhantes e não praticará atos contrários aos ensinamentos de Jesus. A tudo anteporá seus deveres espirituais, evitando passeios fúteis, festas e divertimentos profanos, todas as vezes em que tiver de perfazer seus misteres mediúnicos.

 3ª — Outro jejum moral: O jejum moral que um médium deverá saber impor-se, é o desprendimento das coisas materiais. Nunca poderá cumprir satisfatoriamente seus deveres mediúnicos, o médium excessivamente preocupado com os interesses terrenos. A ambição, a ganância, o muito querer acumular os bens da terra, perturbam o médium, atraindo para junto dele espíritos inferiores, que interferem maleficamente em seus trabalhos espirituais. Saber jejuar das coisas terrenas, em benefício de sua mediunidade, é o primeiro passo que um médium dará para a garantia do bom êxito de sua tarefa na seara de Jesus.

Evangelho dos Humildes   -   Eliseu Rigonatti.

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