6.3 — Aids
— A nova moléstia
O homem sempre esteve sujeito aos mais variados tipos de doenças, assim como todos os seres vivos da natureza. Tributo este pago por nós, desde o início da escalada evolutiva, com o preço de milhões de vidas ceifadas impiedosamente, por estes dragões famélicos da vida física restauradora.
No avanço histórico da Humanidade, podemos constatar o aumento gradual das doenças, dificultando a saúde, obrigando naturalmente os cientistas a uma análise cada vez mais profunda e específica para o seu diagnóstico e tratamento.
6.4 — O vírus da Aids.
Contágio e propagação
Surge, na segunda metade deste século, uma nova moléstia: a Aids (Síndrome da imunodeficiência Adquirida), causada pelo vírus do tipo HIV, responsável pela extinção de milhões de vidas na África, desde 1950. Difundindose pelo mundo, foi identificada nos Estados Unidos da América do Norte no ano de 1978.
Desde o seu conhecimento, a Aids vem apavorando o mundo, por duas razões principais. A primeira delas por ser uma doença sexualmente transmissível e a segunda pelo seu poder de destruição e desafio da Medicina. Como agravante, despontou justamente no momento em que a liberação sexual estava cada vez mais difundida e espontânea na sociedade, com a dissolução dos usos e costumes no mundo. Esta moral ilícita fez do “amor-livre” a moda moral dos tempos modernos, a qual se caracteriza pela busca do prazer pelo prazer, de forma irracional.
O vírus da Aids encontrou, portanto, um meio fácil de propagação e multiplicação, difundindo-se assustadoramente através das relações sexuais, principalmente entre homossexuais masculinos. A Aids transmite-se, essencialmente, através da relação sexual e da transfusão de sangue.
Salientando mais uma vez, o contato sexual é a principal via de contaminação, constatada em cerca de 73% dos casos. É este o meio mais fácil de disseminação da doença, por ser o esperma constituído de milhões de células vivas, veículo predileto e indispensável para o vírus HIV, sem as quais ele se desintegra.
Como existe uma grande promiscuidade sexual entre os homossexuais masculinos, o vírus da Aids encontrou aí um processo natural de multiplicação e desenvolvimento. Os heterossexuais e bissexuais promíscuos estão igualmente sujeitos à contaminação, bem como os toxicômanos que usam drogas por via venosa, utilizando a mesma seringa.
Os índices de contaminação da Aids são também comprovadamente altos nos hemofílicos, periodicamente obrigados a receber transfusões sanguíneas, o que os torna presas fáceis da doença. Outro meio não muito comum é a transmissão do vírus de mãe para filho, verificada tanto antes, quanto durante ou logo após o nascimento.
6.5 — Homossexualismo e a lei moral
Para a Humanidade ainda muito materialista, a prática do homossexualismo é tida como natural, permissível e simples opção sexual da pessoa, sem a devida preocupação pelos prejuízos morais a que está submetida.
Do ponto de vista espiritual, a avaliação deverá ser outra, pois todos os nossos atos são analisados e julgados pela justiça maior do Universo — A JUSTIÇA DIVINA.
Todo pensamento, ato ou palavra que venha desvirtuar a Lei Natural será, sem dúvida, uma transgressão da Lei Divina e, portanto, uma atitude criminosa. Este ato pecaminoso trará consequências obrigatoriamente desarmoniosas na estrutura delicada e sensível da nossa vida mental, da nossa organização perispirítica e, principalmente, na intimidade de nossa CONSCIÊNCIA, provocando enfermidades as mais estranhas, sejam elas físicas ou psíquicas.
Os abusos sexuais, sejam praticados por heterossexuais, homossexuais ou bissexuais, têm seus resultados infelizes, em nós mesmos e em nossos destinos, a longo prazo, de conformidade com a nossa teimosia em permanecermos nos erros.
Reflitamos nas palavras judiciosas de um mentor espiritual ao autor André Luiz no livro “Missionários da Luz”:
É lamentável — continuou o orientador, gravemente — que a maioria dos nossos irmãos encarnados na Crosta tenha menosprezado as faculdades criativas do sexo, desviando-as para o vórtice de prazeres inferiores. Todos pagarão, porém, ceitil por ceitil, o que devem ao altar santificado, através de cuja porta receberam a graça de trabalhar e aprender na superfície da Terra. Todo ato criador está cheio de sagradas comoções da Divindade e são essas comoções sublimes da participação da alma, nos poderes criadores da Natureza, que os homens conduzem, imprevidentemente, para a zona do abuso e da viciação. Tentam arrastar a luz para as trevas e convertem os atos sexuais, profundamente veneráveis em todas as suas características, numa paixão viciosa tão deplorável como a embriaguez ou a mania do ópio. (...) todos os infelizes, em semelhantes despenhadeiros, são punidos severamente pela Natureza divina.” (“Missionários da Luz” — André Luiz / F. C. Xavier — CAP.13)
A moral humana destituída dos princípios da Lei Divina só avalia os prejuízos de nossas vidas e maus hábitos quando houver danos materiais, sem, contudo, divisar as consequências infelizes dos maus costumes para a personalidade espiritual.
O Espiritismo é a doutrina da consciência livre, sem regras de proibição ou condenação. Por outro lado, oferece-nos o Código Universal de Sabedoria e Amor, ajudando-nos a discernir o certo do errado, o bem do mal, o benéfico do que é prejudicial, cabendo, então, a cada um de nós a responsabilidade pelos atos praticados.
A Doutrina Espírita nos ensina a buscar na Lei Natural a regra e o guia seguro para a nossa boa conduta. Portanto, vejamos o que nos ensinam os Espíritos na Questão 633 de “O Livro dos Espíritos” sobre a Lei Natural:
“Quando comeis em excesso, verificais que isso vos faz mal. Pois bem, é Deus quem vos dá a medida daquilo de que necessitais. Quando excedeis dessa medida, sois punidos. Em tudo é assim. A lei natural traça para o homem o limite das suas necessidades. Se ele ultrapassa esse limite, é punido pelo sofrimento. Se atendesse sempre à voz que lhe diz —basta, evitaria a maior parte dos males, cuja culpa lança à Natureza.”
O corpo humano tem seus limites e funções bem definidas para os nossos desejos e ações. Todos os nossos excessos, sejam para mais ou para menos, o corpo humano acusa. Desse modo, toda criatura humana que usar comportamento ilícito, no sentido de modificar a missão fundamental dos órgãos (em nosso caso os órgãos genésicos) estará incondicionalmente transgredindo a lei natural, cometendo, assim, uma aberração sexual. Logo, todos os desvarios sexuais, tais como o excesso e o desvio, são transgressões da Lei Divina, criando transtornos e sofrimentos inevitáveis para aqueles que os praticam, sejam eles heterossexuais, homossexuais ou bissexuais.
Há transgressão da Lei Divina na prática homossexual, devido ao desvio incondicional existente nesta relação. Nos textos sagrados, vamos encontrar uma referência do apóstolo Paulo sobre o homossexualismo, em sua Epístola aos Romanos, povo cuja depravação sexual era muito grande:
“(...) porque até as suas mulheres mudaram o modo natural de suas relações íntimas por outro contrário à natureza; semelhantemente, os homens também deixando o contato natural da mulher, se inflamaram mutuamente em sua sensualidade, cometendo torpeza, homens com homens, e recebendo em si mesmos a merecida punição do seu erro”. (Romanos, 1:26,27.)
O Espiritismo explica o fenômeno da homossexualidade pela inversão do corpo físico, ou seja, em oposição à característica masculina ou feminina registrada profundamente no arquivo mental de cada Espírito, acumulada através das sucessivas experiências reencarnatórias.
A personalidade sexual de cada Espírito está guardada na MENTE. André Luiz fala claramente no livro “Evolução em Dois Mundos”:
“O sexo é, portanto, mental em seus impulsos e manifestações, transcendendo quaisquer impositivos da forma em que se exprime (...).“ (“Evolução em Dois Mundos” – André Luiz / F. C. Xavier / Waldo Vieira – CAP.18-1P)
A homossexualidade, enquanto manifestação das qualidades masculinas e femininas da estrutura psicológica do ser, independente do corpo que se manifeste, não é considerada transgressão da Lei Divina, ao passo que a prática sexual dos homossexuais, ou seja, o homossexualismo, é transgressão da Lei Divina.
Devemos compreender, amar e aceitar a pessoa do homossexual como irmão em evolução, tão necessitado de educação sexual quanto todos os heterossexuais, mas sem, contudo, abonar como lícita, ante a Lei Divina, a prática do homossexualismo.
SEXO E EVOLUÇÃO WALTER BARCELLOS
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