quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

EVANGELHO - A luta contra os Espíritos Nobres

MATEUS CAP. 12

 14 Mas os fariseus, saindo dali, consultavam contra ele como o fariam morrer.

Todos os reformadores deparam com objeções por parte dos que se comprazem na ignorância e dos que tiram proveito do estado de ignorância em que se encontra a humanidade.
 Esses lutam sempre contra todos os espíritos nobres que se encarnam na terra, para melhorarem as condições em que vivem seus irmãos menores.



Árduo é o trabalho dos que aqui vierem para indicar aos povos novos rumos de progresso, trazendo-lhes novos ensinamentos e revelando-lhes novas leis espirituais.
 Neste versículo vemos que os beneficiados pela ignorância em que jazia o povo, percebendo que os ensinamentos de Jesus feriam seus interesses, começam a conspirar contra ele. Do mesmo modo, em nossos dias, grande número dos que têm seus interesses contrariados pelos ensinamentos do Espiritismo se insurge contra ele.

 15 E Jesus, sabendo-o, se retirou daquele lugar e foram muitos após ele e os curou a todos;  16 E lhes pôs preceito, que não descobrissem quem ele era.

Jesus nos ensina como proceder em relação às curas realizadas espiritualmente. Ele não quer que os trabalhadores espirituais façam propaganda das pequeninas curas de que foram humildes instrumentos. Deus, nosso Pai, é quem realiza a cura; sem que a vontade dele se manifeste, ninguém poderá fazer nada. A contribuição do trabalhador espiritual, do médium por excelência, é sempre mínima.
Todos os que alardeiam as curas espirituais para as quais concorrem, contrariam este preceito evangélico e demonstram orgulho e presunção; porque se a cura não partisse da vontade de Deus, nada seria conseguido.
 Erram, por conseguinte, os médiuns que não sabem manter-se humildes diante das graças e da misericórdia que o Pai, utilizando-os como instrumentos, distribui a seus filhos. E o erro se torna mais grave, quando, além da propaganda, ainda guardam para documentário, retratos, muletas, moldes etc., dos que se curaram.

17 Para que se cumprisse o que foi anunciado pelo profeta Isaías, que diz: Na terra encarnam-se espíritos em diversos graus de adiantamento; desde os pequeninos que ainda não conseguem compreender nada do que se refere à espiritualidade, até os bastante adiantados que, embora encarnados, facilmente percebem as coisas espirituais.

Isaías pertencia ao número destes últimos, motivo ,pelo qual pode transmitir à humanidade as advertências sobre a missão de Jesus. Em todas as épocas há aqueles que estão mais bem preparados para compreenderem melhor a marcha do progresso espiritual da humanidade. Em nossos dias, vemos que os ensinamentos do Espiritismo são bem à ceitos por uns, combatidos por outros e indiferentes a muitos. E pela maneira por que são recebidas as revelações do Espiritismo, podemos aquilatar o grau espiritual de quem as recebe.

 18 Eis aqui o meu servo, que eu escolhi, o meu amado, em quem a minha alma tem posto a sua complacência. Porei o meu espírito sobre ele e ele anunciará às gentes a justiça.

Quando a sabedoria do Pai Celestial determinou que se formasse a terra, como uma grande escola e oficina de trabalho para o aprendizado de seus filhos, Jesus, cuja perfeição se perde na noite imperscrutável do tempo, foi o escolhido para dirigir a comunidade terrena. E ele prometeu ao Pai Celestial guiar seus pequeninos tutelados através de todas as experiências terrenas, até que também eles, por sua vez, se tornassem perfeitos.
 E no desempenho de seus deveres divinos, Jesus jamais deixou faltar qualquer coisa a seus irmãos menores; na parte material fez com que a natureza produzisse frutos para todos se fartarem; e determinou que a todos se oferecessem magníficas oportunidades de progresso e de realizações.
 Se ele se esforçou para que a vida material se desenvolvesse normalmente na face da terra, jamais se descurou da parte espiritual de seus aprendizes incipientes. E desde as mais recuadas eras na história da humanidade, tem enviado periodicamente os seus mensageiros que o auxiliaram a preparar o ambiente terreno para os trabalhos de espiritualização dos espíritos encarnados.
 Na  Grécia, na Pérsia, na Índia, na China, encarnaram-se missionários trazendo luzes espirituais, que até hoje iluminam o pensamento humano. E em todas as nações sempre se encarnaram filósofos e pensadores que, procurando a resolução dos problemas espirituais, agitaram a humanidade, fazendo-a ver algo mais do que a simples matéria. Quando o ambiente terreno estava preparado pelos elementos da filosofia, por Moisés e até João Batista, encarnou-se Jesus para superintender pessoalmente aos trabalhos finais de regeneração, evangelização e espiritualização da humanidade. Médium de Deus, Jesus anuncia a Justiça Divina e nos lega o código celeste que é o Evangelho. Compreendendo isto, foi que Isaías transmitiu esta mensagem dos planos superiores, a qual é um hino de louvor a Jesus e uma exortação à humanidade.

O Evangelho dos Humildes   Eliseu Rigonatti.

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