Olá,
" Chegados a certo grau de pureza, os Espíritos têm missões adequadas ao seu progresso; preenchem assim todas as funções atribuídas aos anjos de diferentes categorias. E como Deus criou de toda a eternidade, segue-se que de toda a eternidade houve número suficiente para satisfazer às necessidades do governo universal. Deste modo uma só espécie de seres inteligentes, submetida à lei de progresso, satisfaz todos os fins da Criação. Por fim, a unidade da Criação, aliada à ideia de uma origem comum, tendo o mesmo
ponto de partida e trajetória, elevando-se pelo próprio mérito, corresponde melhor à Justiça de Deus do que a criação de espécies diferentes, mais ou menos favorecidas de dotes naturais, que seriam outros tantos privilégios."
O C. e o I. 1ª Parte, cap. IX, item 22
Os Espíritos Puros desempenham missões gloriosas: contudo, embora as imperfeições que ainda nos assinalam, todos temos função pessoal e intransferível nas engrenagens do mundo.
Não te afirmes à margem, nem te dês por inútil. Não alegues impedimento, nem desertes da atividade que a vida te reservou.
Repara as lições que vertem silenciosas, do livro da natureza.
Se os vermes parassem de trabalhar, por se reconhecerem insignificantes, o solo ressecar-se-ia, infecundo, incapaz de solucionar os problemas humanos.
Se as sementes invejassem a posição das árvores maduras e generosas que lhes presidem à espécie, desistindo, por isso, do esforço obscuro na germinação e no crescimento, em pouco tempo a esterilidade anularia os recursos da Terra.
Se as papoulas deixassem de produzir, revoltadas contra aqueles que lhes deturpam a essência nos mercados de ópio, deixariam de aliviar as dores do enfermo desesperado.
Se as fontes singelas fugissem de sustentar os grandes rios e as grandes represas, a pretexto de se notarem humildes, ante as grossas correntes que lhes formam a imensidade, o homem não contaria com esse ou aquele maior cabedal de força.
Honremos o posto de ação em que fomos localizados.
Diante da Lei, não há serviço aviltante.
As mãos que assinam decretos não vivem sem aquelas outras que preparam a mesa.
Os braços que conduzem arados são apoios daqueles outros que movem as máquinas poderosas. Suor na indústria é sustento de todos.
Asseio na rua é proteção à comunidade.
Não vale amontoar rótulos passageiros, nem atabalhoar-se com muitos compromissos ao mesmo tempo.
Importa, acima de tudo, fazer bem o que se deve fazer.
Emmanuel/Francisco C. Xavier " Justiça Divina "
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