domingo, 3 de maio de 2015
Adolescência - SEXO E AMOR II
Olá,
16.4 — O amor sexual no leito conjugal
Se encontramos prazer e alegria somente na relação sexual, é sinal de que o amor verdadeiro ainda não nasceu para nós. Somente o amor no leito conjugal não basta para alimentar e fortalecer as almas, no leito extenso e complexo da vida matrimonial.
O amor não está limitado aos momentos fugazes da relação sexual. Pode surgir o amor, porque são dois corações e não somente dois corpos em comunhão, mas uma fração muito diminuta do amor, pois a união sexual não tem a capacidade de manifestar toda a amplitude do amor de que as almas necessitam para viverem em paz e alegria, em meio às lutas e trabalhos.
Toda afetividade sexual é como se fora uma única gota de amor, diante do oceano de amor de que precisamos para vivermos e sermos mais felizes.
Quem procura manifestar o amor somente na relação sexual é como alguém que quisesse sobreviver recebendo somente um raio de sol por um minuto diário, ficando o resto do tempo na escuridão e no congelamento.
A Espiritualidade Superior ilumina o nosso entendimento sobre sexo e amor:
“Lembremos aos corações desalentados que tal é o sexo em face do amor, quais são os olhos para a visão, e o cérebro para o pensamento: não mais do que aparelhamento de exteriorização. Erro lamentável é supor que só a perfeita normalidade sexual, consoante as respeitáveis convenções humanas, possa servir de templo às manifestações afetivas. O campo do amor é infinito em sua essência e manifestação.” (26.11)
Na união conjugal, que tem no prazer sexual sua maior força de atração, cedo os cônjuges depararão com os sintomas desagradáveis da rotina, do prazer sem estímulo, da frieza, da insatisfação e do desencanto, patenteando a ausência do amor genuíno nas almas.
16.5 — A sexologia humana
A Sexologia muito tem estudado e pesquisado sobre as manifestações sexuais, procurando desvendar seus mistérios, a fim de oferecer às criaturas humanas os meios mais eficientes para alcançarem uma vida sexual normal, saudável e feliz.
Apesar de todos os esforços respeitáveis das pesquisas científicas, com suas conclusões e orientações, elas têm-se preocupado unicamente com os aspectos fisiológicos e emocionais, das técnicas e do desenvolvimento do prazer nos momentos rápidos do ato sexual. A maioria dos compêndios sobre sexo, não tendo o aspecto moral como base e princípio das suas idéias colocadas como regras para o grande público, torna-se muitas vezes perigosa, porque pode levar as criaturas humanas para a zona do abuso, das ilusões, dos vícios e das aberrações sexuais.
Não queremos dizer que certas orientações científicas não tenham o seu justo valor, mas observamos que a Ciência ainda é materialista e não cogita dos temas: Deus, amor espiritualizado, princípios da moral, valores da consciência, da existência da alma, da lei da reencarnação, da necessidade de aprimoramento dos sentimentos e da Lei de Causa e Efeito funcionando profundamente no intercâmbio das afeições.
Grande parte dos livros sobre sexo, infelizmente, dirige-se para as manifestações animalizadas: “Tentam arrastar a luz para as trevas e convertem os atos sexuais, profundamente veneráveis em todas as suas características, numa paixão viciosa tão deplorável como a embriaguez ou a mania do ópio.” (25.13)
Com a Doutrina Espírita, percebemos que todas essas orientações, embora fundamentadas em aspectos científicos, são muito acanhadas, simplórias e defeituosas, porque sexo não e somente união fisiológica e prazer de alguns minutos. As criaturas humanas, antes de tudo, são almas e necessitam de esclarecimentos para superarem suas deficiências profundas no campo do sentimento.
A relação sexual por si só não é amor, como nos escreve André Luiz:
“(...) o sexo, na existência humana, pode ser um dos instrumentos do amor, sem que o amor seja o sexo”. (25.13)
A Ciência terrena pode conhecer muito bem o funcionamento do corpo humano, os segredos da relação sexual, mas desconhece quase por completo tudo sobre o amor espiritualizado.
Se algum dia ela se interessar em saber sobre o AMOR, terá que procurar esclarecimentos com JESUS, através de seu Evangelho. Ele é o Mestre Maior do amor, que solucionará todos os problemas da união afetiva entre o homem e a mulher.
A Sexologia preocupa-se basicamente com os meios de estimular, desenvolver e conservar o prazer sexual para uma vida afetiva mais feliz e duradoura.
16.6— Sexo em Doutrina Espírita
A Doutrina Espírita, refletindo com maior intensidade o Cristo de Deus, ensina como desenvolver as energias profundas da alma alojada num corpo físico, para que o prazer dos cônjuges ultrapasse as fronteiras do instinto físico, penetrando o campo maravilhoso das vibrações harmoniosas do amor iluminado, na esfera do Espírito:
“—E ninguém diga que o fenômeno é simplesmente sexual. O sexo é manifestação sagrada desse amor universal e divino, mas é apenas uma expressão isolada do potencial infinito.” (27.18)
Walter Barcelos " Sexo e Evolução "
Deixe seu comentário.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário