segunda-feira, 18 de maio de 2015

Evangelho - DISSENSÃO

Olá,

 Medra com facilidade por encontrar os ele­mentos que lhe facultam o enriquecimento da vitalidade, multiplicando dissabores e contribuindo pa­ra a destruição dos mais elevados ideais.
A princípio tem o aspecto de melindre insano e logo se transforma em agastamento fomentador de inimigos cruéis e acirrados do espírito humano.

Suas raízes, no entanto, se cravam com vigor no “eu” enfermo criador de condicionamentos infelizes, teimando por impor as diretrizes que acredita se­rem as melhores, porque partidas do seu querer. Infelizmente, em todos os setores das ativida­des humanas, ocorrem dissensões e debates, alguns dos quais se fazem fatores de ordem e evolução.
Dissentir, porém, não é separar.
Discordar de opinião, não significa provocar querela ou balbúr­dia, divisão ou anarquia.
É lamentável considerar que a dissensão cam­peia porque os elementos constitutivos do grupo social se caracterizam por qualidades que supõem possuir mas que não se esforçam sequer por con­quistar. A maioria se acredita formada de “campeões da humildade”; grande parte se pressupõe “azes do dever retamente cumprido»; excessiva massa se nomeia como “líder do trabalho”, no entanto, raros desejam ser apenas “servidor”, o melhor título que se pode disputar, considerando que o Mestre Jesus outra coisa não fez que se tornar o servidor de todos por excelência.
Diante dos dissidentes contumazes e dos que se adornam de melindres — enfermos habituais ca­recentes de compaixão por se alimentarem de vene­nos destruidores — mantém a serenidade e não te agastes comeles.
Esquecem-se do “lado bom” que possuem e se aferram à natureza inferior que neles predomina. tornando-se algozes impiedosos de si mesmos.
Estão sempre contra.
Cultivam o amor próprio com esmero.
Uns ofendem com facilidade e se arrependem com precipitação.
Outros se agarram aos revides que receberam e se pretextam no que lhes disseram, esquecidos do que disseram, para fugir espetacularmente ao serviço encetado.
Não vês com eles, nem os sigas mentalmente sequer.
Aprenderão amanhã ou mais tarde com a vida ou por si próprios.
Quase sempre são falazes, inconvenientes.
Ameaçam “tudo contar” e mentem, refugiando-se na própria alucinação como se justificando o desequi­líbrio que os aflige.
 Dissensões — sempre houve, em todos os cam­pos e por muito tempo as haverá.
Sê tu cordato, não, porém, subserviente; hu­milde, contudo, não vulgar; bondoso, sem a preocupação de conquistar afeição por esse meio.
A amizade é o salário honroso que os socorridos po­dem tributar aos seus benfeitores.
Se são ingratos, não poderás receber nem esperar outra coisa senão o ultraje.
Considerar as dores que afligiam o Amigo Di­vino, ante as dissensões que dividiam os que o acompanhavam; escutar as querelas miúdas dos que disputavam a Terra, enquanto Ele, ao lado, ensinava o Reino; sentir os ciúmes mórbidos do desamor que apenas desejava aparecer, embora ele se apagasse para apresentar o Pai; atender aos exploradores que desejavam utilizar-se dos Seus recursos; conhecer as imperfeições dos companhei­ros convidados e, no entanto, amá-los, estimulando-os pelo lado bom de modo a se levantarem da infe­rioridade em que se compraziam para ascenderem aos cimos da paz que ele oferecia. Assim, também encontrarás no teu caminho as dissensões e fugas ao dever.
Quem não puder seguir contigo, não po­derás exigi-lo.
 Ajuda, portanto, e passa, prosseguin­do no rumo da paz, apesar de todas as dissensões e ofensas que te chegarem na tarefa maior da tua redenção.

“Havia dissensão entre eles”. João: capítulo 9º, versículo 16.

 “A Terra pertence à categoria dos mundos de expiação e provas, razão porque aí vive o homem a braços com tantas misérias”  O  E.S.E. Capítulo 3º — Item 4.

Joanna de Ângellis/Divaldo P. Franco                        " Florações Evangélicas "

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