Olá,
Medra com facilidade por encontrar os elementos que lhe facultam o enriquecimento da vitalidade, multiplicando dissabores e contribuindo para a destruição dos mais elevados ideais.
A princípio tem o aspecto de melindre insano e logo se transforma em agastamento fomentador de inimigos cruéis e acirrados do espírito humano.
Suas raízes, no entanto, se cravam com vigor no “eu” enfermo criador de condicionamentos infelizes, teimando por impor as diretrizes que acredita serem as melhores, porque partidas do seu querer.
Infelizmente, em todos os setores das atividades humanas, ocorrem dissensões e debates, alguns dos quais se fazem fatores de ordem e evolução.
Dissentir, porém, não é separar.
Discordar de opinião, não significa provocar querela ou balbúrdia, divisão ou anarquia.
É lamentável considerar que a dissensão campeia porque os elementos constitutivos do grupo social se caracterizam por qualidades que supõem possuir mas que não se esforçam sequer por conquistar.
A maioria se acredita formada de “campeões da humildade”; grande parte se pressupõe “azes do dever retamente cumprido»; excessiva massa se nomeia como “líder do trabalho”, no entanto, raros desejam ser apenas “servidor”, o melhor título que se pode disputar, considerando que o Mestre Jesus outra coisa não fez que se tornar o servidor de todos por excelência.
Diante dos dissidentes contumazes e dos que se adornam de melindres — enfermos habituais carecentes de compaixão por se alimentarem de venenos destruidores — mantém a serenidade e não te agastes comeles.
Esquecem-se do “lado bom” que possuem e se aferram à natureza inferior que neles predomina. tornando-se algozes impiedosos de si mesmos.
Estão sempre contra.
Cultivam o amor próprio com esmero.
Uns ofendem com facilidade e se arrependem com precipitação.
Outros se agarram aos revides que receberam e se pretextam no que lhes disseram, esquecidos do que disseram, para fugir espetacularmente ao serviço encetado.
Não vês com eles, nem os sigas mentalmente sequer.
Aprenderão amanhã ou mais tarde com a vida ou por si próprios.
Quase sempre são falazes, inconvenientes.
Ameaçam “tudo contar” e mentem, refugiando-se na própria alucinação como se justificando o desequilíbrio que os aflige.
Dissensões — sempre houve, em todos os campos e por muito tempo as haverá.
Sê tu cordato, não, porém, subserviente; humilde, contudo, não vulgar; bondoso, sem a preocupação de conquistar afeição por esse meio.
A amizade é o salário honroso que os socorridos podem tributar aos seus benfeitores.
Se são ingratos, não poderás receber nem esperar outra coisa senão o ultraje.
Considerar as dores que afligiam o Amigo Divino, ante as dissensões que dividiam os que o acompanhavam; escutar as querelas miúdas dos que disputavam a Terra, enquanto Ele, ao lado, ensinava o Reino; sentir os ciúmes mórbidos do desamor que apenas desejava aparecer, embora ele se apagasse para apresentar o Pai; atender aos exploradores que desejavam utilizar-se dos Seus recursos; conhecer as imperfeições dos companheiros convidados e, no entanto, amá-los, estimulando-os pelo lado bom de modo a se levantarem da inferioridade em que se compraziam para ascenderem aos cimos da paz que ele oferecia. Assim, também encontrarás no teu caminho as dissensões e fugas ao dever.
Quem não puder seguir contigo, não poderás exigi-lo.
Ajuda, portanto, e passa, prosseguindo no rumo da paz, apesar de todas as dissensões e ofensas que te chegarem na tarefa maior da tua redenção.
“Havia dissensão entre eles”.
João: capítulo 9º, versículo 16.
“A Terra pertence à categoria dos mundos de expiação e provas, razão porque aí vive o homem a braços com tantas misérias” O E.S.E. Capítulo 3º — Item 4.
Joanna de Ângellis/Divaldo P. Franco " Florações Evangélicas "
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