sexta-feira, 29 de maio de 2015

Evangelho - SEM PARAR

 Olá,

Agora que assumiste compromissos no movi­mento espírita, que te comove e abrasa, percebes. Registras, com a alma dorida, que os companheiros de ideal — salvas expressivas exceções — ainda se encontram em dubiedade, face à decisão de transporem a aduana da luz.

Conquanto se digam es­píritas, longe se encontram de manter as enobre­cedoras atitudes do verdadeiro crente, aquele que, impregnado pela fé, pauta a conduta nas linhas da convicção esposada.
Antes supunhas que nos arraiais espiritistas a paz houvera feito morada...
Pareciam-te resigna­dos e felizes, lutadores intrépidos os novos discí­pulos do Evangelho.
No entanto, observas como estão transidos de amargura, quando não rebelados, ante a dor, e interrogas: que fazem da fé cla­ra e pura? por que ferem, quando conhecem de perto as realidades das leis de “causa e efeito”? como se deixam conduzir pelos obsessores!...
Sem dúvida, porque em se, assenhoreando da fé, a fé sublimada deles não se assenhoreou.
 Fica­ram apenas mimetizados mas não penetrados. Apressados, não mergulharam realmente o
espíri­to nas lides do conhecimento da Doutrina liber­tadora.
Alguns se fazem notados, mas não conseguiram as íntimas e reais transformações para melhor. Projetaram-se, sem se renovarem. E derrapam com facilidade nos mesmos equívocos, quando
contra­riados, sofridos ou simplesmente não considerados quanto se supõem merecedores...
 São homens e preferem continuar a sê-lo, quan­do se poderiam tornar cristãos...
O Espiritismo é a doutrina do amor por exce­lência e tem a caridade por meio e meta.
Eles sabem disto, mas apenas sabem. Não vivem a vida que dizem saber e crer, por estarem acostumados a outra conduta.
Mudaram de conceito religioso mas não de comportamento moral. Não os estranhes, nem os censures para que não incidas nos erros deles.
Sensibilizado pelas lições imortalistas que es­tudas, vive-as cordialmente, sejam quais forem as circunstâncias.
 Repetidamente falarão os Desencarnados sobre e contra os obsessores que perseguem e dificul­tam a obra do bem, detidos na Erraticidade inferior. E os há em número incontável.
Outros tantos, po­rém, estão em regime carnal, no domicilio orgâni­co.
Atenazam, perseguem, cruciam, afligem não por­que estejam sob obsessões, mas porque são
 obses­sores reencarnados. Procedem de baixos círculos vibratórios e a diferença existente é a da matéria que os envolve na Terra.
 Certamente se fazem instrumentos dos outros — os desencarnados — por um fenômeno natural de afinidade, o que os tornam ainda mais violentos.
 Diante disso, não acuses os Espíritos de mente atribulada que estagiam no Mundo Espiritual, ten­do em vista aquees que, ao teu lado, no corpo, continuam acumpliciados com os antigos sequazes, em regime de conúbio espontâneo .
Estes, os da caminhada carnal, atingir-te-ão mais vezes, por estarem domiciliados nas mesmas faixas vibratórias em que te demoras.
 Acautela-te, orando e trabalhando incessantemente;
 Não serás poupado, pois que o êxito da tua produção fraterna na Vinha do Senhor incomo­da-os, irrita-os, e, na falta de argumentos justos, usarão estranhas armadilhas e conceitos infelizes para se realizarem ante a chuva de amargura e fel que desabe sobre a tua cabeça. Não obstante, pros­segue, sereno e confiante.
 Não apenas os sacerdotes e políticos em Israel, a soldadesca e os bandoleiros crucificados ao Seu lado, zombaram, sarcasticamente, de Jesus.
 Não somente os estranhos conspiraram antes para colocarem-No perdido.
 Foram os amigos invigilantes, os comensais do Seu amor, aqueles que O conheciam e sabiam, que o entregaram, para logo após fugirem.
Diante dessa comovedora realidade, refugia-te n'Ele e compreende, integrando-te no Evangelho Restaurado, a necessidade de viver pelo exemplo o Espiritismo que o descerra para ti e não olhes para trás, não reclames, não te defendas quando acusado, nem te justifiques — ama, e serve sem parar. 

 “Todavia, quem perseverar até o fim, esse será salvo”. Mateus: capítulo 24º, versículo 13.

 “A encarnação, aliás, precisa ter um fim útil”. Capítulo 4º — Item 26, parágrafo 3.

Joanna de Ângellis/Duvaldo P. Franco                   " Florações evangélicas "

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