Olá,
Hostilidade, aversão, desafeto, ressentimento: semelhantes palavras assinalam estados
evolutivos nos quais se fixam, transitoriamente, milhões de criaturas.
Os antagonismos entre as pessoas, na essência, expressam atritos, nos quais se lhe
embatem as forças de envoltório, das quais, por fim, se desvencilham com o tempo, de
modo a adquirirem os recursos de elevação que lhes patrocinam a transferência para as
Esferas Superiores.
A imagem mais adequada ao esclarecimento do assunto, temo-la,
mais particularmente,
na atualidade, nos foguetes fabricados pelo homem, destinados à pesquisa do Espaço
Cósmico.
À medida que alcançam as alturas, os engenhos dessa espécie se desfazem de cápsulas
diversas, conquistando leveza e libertação para transitarem sem maiores empeços, à
distância do centro de gravitação que os atrai.
Erguendo-se o Plano Físico por região, na qual ainda preponderam os impulsos animais
de egoísmo e auto-defesa, quantos se liberam de semelhantes impedimentos se projetam
nos altos domínios da compreensão, penetrando outros campos relacionados com a
Cúpula do Universo.
Eis porque atingindo a própria humanização, a criatura deixa de conhecer adversários
para encontrar unicamente irmãos em qualquer clima evolutivo.
Esforcemo-nos, assim, ao máximo, para entender acima de julgar e, pouco a pouco, o
conceito de inimigos se nos afastará da mente, porquanto, ainda mesmo nos
companheiros que se empenhem a ferir-nos, identificaremos candidatos ao remédio e à
piedade e por eles trabalharemos a fim de que o bem nos favoreça, com a dedicação de
quem se auxilia, auxiliando aos próprios irmãos.
Emmanuel/Francisco C. Xavier " Convivência"
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