Olá,
Os casos particulares não me permitem ser demasiado extenso,
mas não me furto ao desejo de vos dizer duas palavras, corroborando a explanação
elucidativa junto das preces da noite.
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Espiritismo, filhos, é luz, e é necessário que cada um daqueles
que o abraçam procure brilhar, testemunhando a sua claridade.
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As nossas mensagens, a possibilidade de comunicação entre os
dois mundos, são permitidas por Deus, a fim de que o homem vislumbre as realidades
espirituais, aplicando-as à sua passageira vida na Terra.
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É necessário cessar a época do verbalismo vazio.
Há muitos séculos a humanidade tem vivido uma época de pura
predicação sem exemplos.
O que temos visto em todos os tempos?
Tribunas, púlpitos, livros, prolixidade de pedagogia gratuita,
dentro de uma multiplicidade assombrosa de demagogos e de arautos.
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Chegaram os tempos da iniciativa própria, do esforço pessoal
em favor da iluminação consciencial do individuo,perdido no oceano da coletividade.
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Cada homem deve e pode possuir qualidade auto-didata.
Os espíritas necessitam compreender essa necessidade de ação
no campo individual.
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Ação essa que se irradiará naturalmente para o mundo largo
das sociedades.
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Sem o esforço nada se terá feito.
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As obras de caridade material têm sido edificadas pela Igreja
Católica.
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Seus hospitais, seus orfanatos, suas freiras, seus conventos,
onde se efetuam sopas a pobres e recolhimento dos desvalidos, estão por toda parte.
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O que os espíritas não estão percebendo é que a eles compete
organizar sua consciência verdadeiramente cristã nessa civilização da fome e da febre do
ouro.
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É preciso que se arregimentem os exemplos de predicações
pelos atos, trabalhando e enfrentando corajosamente as penúrias da vida, sem
estagnação, sem fanatismo, sem recuos para épocas primitivas do pensamento.
É doloroso que sejamos mentalidades que deveriam estar
afinadas em obras evangélicas, perdidas no lábaro ingrato de doutrinações inoportunas e
desnecessárias.
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Os espíritas precisam saber que obras materiais não faltam no
mundo, os grandes colossos de pedra assombram as iniciativas dos mais ousados.
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Eles ficaram, de fato, com o apostolado da pobreza da Humilde
de Assis na restauração do cristianismo, mas compete-lhes fornecer com os seus
exemplos na ação, na tolerância, no trabalho, no esforço, na piedade e na resignação,
uma alma a esses gigantes de alvenaria.
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Faz-se necessário dar calor às cátedras imensas e frias. E esse
calor só poderá nascer da fé realizadora e ativa, que trabalha e opera, longe de qualquer
cristalização teórica.
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O tempo da palavra vazia passou.
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O tempo atual é dos atos.
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Aliemos os nossos esforços e trabalhemos.
Precedamos qualquer ensinamento com um exemplo de ordem
pessoal.
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O mundo está intoxicado pela generalização da cultura sem
base, sem bússola, sem norte espiritual.
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Aprendamos e pratiquemos, trabalhando, laborando com o
nosso desprendimento, sem nos fanatizarmos, dentro das atividades que nos cabe
desenvolver e dentro da tarefa que nos cabe desempenhar.
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Se emprego o "nós", nestes meus apelos é que também aqui
não descansamos.
Não estamos inativos.
A luta é condição primordial de qualquer conquista.
Aprendamos com Jesus e coloquemos ao seu serviço toda a
nossa boa vontade.
Emmanuel/Francisco C. Xavier " Ação,Vida e Luz "
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